O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), está otimista com a campanha do pupilo Camilo Santana (PT) à sua sucessão. E tem razão para estar, não que a campanha que vem fazendo o seu candidato seja um primor, mas em razão da campanha ruim e da falta de credibilidade que passa o candidato do PMDB, Eunício Oliveira.

É impressionante, por mais careta ou cara de choro que faça, por mais que meneie a cabeça para um lado e o outro, o senador não consegue passar sinceridade. Camilo, ainda que não tenha um grande desempenho e que seu programa apresente um modelo saia e blusa leva e abre vantagem.

Não tenho pesquisas de acompanhamento e tampouco acesso às pesquisas internas de um lado ou outro, mas não tenho medo de afirmar que os 10 pontos percentuais de vantagem que tinha o candidato peemedebista em intenções de voto sobre o seu adversário Camilo Santana já foram comidos e que, assim, podemos ter uma decisão em primeiro turno. Não estou com futurologia, mas percebo o movimento das ruas. Depois de tantos anos de janela, entendo a linguagem dos eleitores, principalmente quando uma campanha começa a ter maior aceitação.

Eu esperava que o petista chegasse aos 30% no meio de setembro, mas ele atingiu e até passou esse patamar na virada de agosto. Foi rápida a subida e continuou em tendência de alta. São visíveis também os sinais de queda, nos próprios movimentos do candidato em decadência e, sobretudo, no seu programa de TV.

Quando falo de decisão no primeiro turno quero dizer, como já o fiz em comentários anteriores, que uma vantagem de até 8 pontos percentuais pode apontar o vencedor na primeira volta. Basta levar em conta que as duas outras candidaturas complementares (Eliane Novais-PSB e Aílton Lopes-PSOL) podem não chegar, juntas, aos 8%. Uma situação perfeitamente factível.