CANTOS DE OUTONO
Romance da Vida de Lautréamont

É a história de um jovem escritor que aos 2 anos de idade testemunha o suicídio de sua mãe numa noite natalina. Aos 13 anos, devido às pestes e guerras na América do Sul, ele é enviado à França pelo pai. Lá, ele sofre crises de angústia terríveis e passa a maior parte de sua adolescência como prisioneiro em um internato. Órfão, carente de afetos e perseguido pelos pedófilos do internato, a ideia de vingança vem à tona. Aos 18 anos ele abandona os estudos, rompe com o pai e escreve um livro terrível que só mais tarde irá inseri-lo no rol dos grandes autores universais. Apesar da solidão e do abandono, o ódio que ele sente pelo mundo e pelo pai, não resiste a um naco de afeto. Não é um ódio legítimo. Aos 24 anos estoura a guerra franco-prussiana e seu pai vai à falência num país que também está em chamas. Profundamente deprimido com a carnificina que avoluma os cadáveres nas ruas de Paris, o jovem poeta passa a viver em sua redoma de tédio, fazendo da literatura o refúgio da sua fuga e lutando numa guerra cruenta contra a depressão e o suicídio. 

BIOGRAFIA

Trata-se de um romance apaixonante, envolvente, escrito pelo romancista, dramaturgo, roteirista e sociólogo brasileiro, Ruy Câmara, que nasceu em Recife, mas viveu sua infância em Messejana, subúrbio de Fortaleza. Antes de entregar-se à literatura, Ruy Câmara exerceu os mais diversos ofícios. Formado em tecnologia mecânica, cursou engenharia operacional e mecânica, estudou filosofia como autodidata, bacharelou-se em sociologia e especializou-se em dramaturgia para teatro, cinema e televisão. Após as viagens que empreendeu pelo mundo, em 1992 o autor reuniu sua família e anunciou que abdicara de uma promissora carreira empresarial para se dedicar exclusivamente à literatura. Cantos de Outono, o romance da vida de Lautréamont é seu romance de estreia. Foi laureado como 1.º Finalista do Prêmio Jabuti 2004, pela Câmara Brasileira do Livro; vencedor do Prêmio de Ficção 2004, pela Academia Brasileira de Letras e Prêmio de Melhor Romance Traduzido 2009, pela Asociaţia Scriitorilor din Bucureşti. Foi apontada pela crítica internacional como um clássico contemporâneo e já está traduzida e ao alcance dos leitores em mais de 40 países.

CRÍTICA:

CANTOS DE OUTONO, obra premida do escritor Ruy Câmara, publicada no BRASIL, USA, CANADÁ, REINO UNIDO, FRANÇA, ROMÊNIA, ESPANHA e nos países da AMÉRICA LATINA, está disponível também nas bookstors de diversos países: Emirados Árabes Unidos, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Bahrein, Suíça, China, Índia, Alemanha, Finlândia, Hong Kong, Indonésia, Índia, Japão, Quênia, Kuwait, Sri Lanka, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Rússia, Arábia Saudita, Singapura, Tailândia, África do Sul, nos formatos: hardcover (capa-dura), softcover (capa-mole), e-book e kindle com os sugestivos títulos: 

THE LAST SONGS OF AUTUMN, the Shadowy Story of the Mysterious Count of Lautréamont.

LES DERNIERS CHANTS d'AUTUMNE, la Vie Mysterieuse et Sombre du Comte de Lautréamont.


O autor escreveu uma obra-prima, que fala a uma audiência internacional sobre o melhor e o pior da natureza humana. Combinando um bom equilíbrio entre a literatura, história e drama humano, Ruy Câmara estreia com um romance totalmente original e deslumbrante que irá agradar os amantes da literatura universal, bem como os leitores da histórica e épica saga ficcional. Escrito em prosa poética visual e hipnotizante, os leitores vão encontrar nesta obra extraordinária muita coisa que irá cativar excitar e revigorar a sua imaginação. Ruy Câmara escreveu uma obra apaixonante, lírica e profunda, que fala de valores humanos universais, portanto, digna de um público internacional. Este é um romance atemporal, que vai encantar os amantes da ficção literária e vai cativar a quem saboreia uma grande história bem narrada. É uma leitura obrigatória para qualquer fã sério de ficção internacional. (Amazon USA)


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PRISIONEIRO

O sol morreu.

Seus raios já não me tocam.

A vida, aos poucos, foge-me sorrateira.

Estou só. Tão só...


Meus pensamentos me atormentam,

o espaço me sufoca.

Agarro, com desespero, os frios metais

que ferem minha liberdade.


Resisto ao vazio que invade meu caminhar.

Já não sei sorrir. Revolta-me a liberdade.

Meus olhos já não vêem o horizonte

Teceu-me dos homens a rede.

Conversar, amar – é um preço muito alto.

Prostitutas sorridentes, mal cheirosas

sussurram ao meu ouvido seu preço.

Despem-se sem pudor.


Deitam-se lascivas, imorais.

Entregam-se impassíveis, sem amor.

Sua carne, também marcada,

cala minha alma.


e.s.

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REVOAR


Manhã turva, sol obscuro.

Luz? Apenas um raio distante,

iluminava acanhado.

A esperança.


Procurar – a opção.

Encontrar – um sonho eterno.

Vã tentativa.

Haverá sempre um revoar?


O sol tece a manhã,

o dia... a vida;

o sonho torna-a suportável.


Mesmo fugaz brilho atrai.

Mantém viva.

A chama da esperança.


e.s.


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ILUMINISMO


O Iluminismo,

a glória dos passados.

Homens rotos,

vislumbres de horizontes tortos.


A ascensão do comum,

A alegria do ver,

Verdade da vida,

Na queda do absoluto.


O romântico sonho

Traz o passado

No anseio do presente,

O irreal fugidio.


O nada é cantado,

A ilusão predomina.

Fuga, vazia fuga,

Inconsciente alimento da dor.


e.s.


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CAMINHAR


Madrugada, morte e manhã.

Suspiros últimos, desesperos.

Agonia e dor.

Tudo súbito, momentâneo.


Morte – a igualdade.

Drama atual,

Invadiu os lares,

Entristecendo, a despeito.


Vida lesionada.

Caminho – conduz a nada.

Cabresto, viseira, antolhos.

Perspectivas de viver melhor.


Gritos, lamúrias, conformação.

Fuga, caminho e revolução.

Um destino, ou um caminhar.

Fim último a entornar.


e.s.


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HORIZONTES


Ontem parecia sol brilhante.

Emanava calor, energia.

Hoje, embalde chora.

Vê brotar a luz, a esperança.


O caminhar o mutilou.

As montanhas foram inexpugnáveis.

Cocho caminha.

Agarra-se a uma tênue visão.


Luta como um leviatã,

Que, mesmo quebrantado,

Bate suas enormes asas.

Não morrerá na queda.


O viver o marcou eterno.

Forçado ninguém aceita.

A dor trespassou seu peito.

Distante sonha o retorno.


e.s.