“O poder muda muito as pessoas. O poder por muito tempo muda mais ainda. E muito poder durante muito tempo às vezes transforma a personalidade, o caráter e os princípios das pessoas”. A afirmação, com ares de vaticínio é do candidato a senador pelo minguado PSDB, empresário Tasso Jereissati. Se você pensou que ele estava falando dele mesmo ou fazendo referência ao clã Gomes, essencialmente ao ex-aliado Ciro, errou. Jereissati explicou que estava falando “em tese”, mas completou talvez fazendo uma autocrítica aos seus três períodos (12 anos) no governo do Ceará: “Por isso é ruim o poder por muito tempo. Você precisa ter um estágio obrigatório na oposição. É pior ainda o poder muito concentrado”.
Não sei quanto a você, mas eu acho que ele fez um “mea culpa” pelo fraco terceiro período de governo, mas fez uma um encerramento que tem o retrato do clã Gomes: “... o poder por muito tempo. (...) É pior ainda o poder muito concentrado”. Agora uma curiosidade minha e de alguns amigos que mantiveram relação de trabalho com Jereissati nos dois momentos (no poder e na oposição – acho que como senador): em qual período (poder ou oposição) o político aprende a barganhar com as contas acertadas de campanha ou mesmo a não pagá-las?