O Conselho Nacional de Justiça – CNJ – está no Ceará para apurar suposta venda de liminares. Serão ouvidas algumas pessoas, incluindo o secretário de segurança Servilho Paiva. Quem comanda a equipe de apiração, composta de oito pessoas é a ministra corregedora CNJ, Nancy Andrighi. O caso envolve venda de habeas corpus nos plantões de fim de semana do Judiciário cearense.

O presidente do TJ-CE, Luiz Gerardo Pontes Brígido, que assume o governo do Ceará, na ausência do titular Cid Gomes (Pros), havia sido alertado, em dezembro de 2013, sobre negociação que teria havido entre dois advogados para libertar três integrantes de quadrilha especializada em assaltos, sequestro e tráfico de drogas. Duplo crime contra a sociedade. Cada habeas corpus teria sido pago no valor de R$ 150 mil. Até agora não se sabe os nomes dos envolvidos, pois toda apuração é feito em segredo de justiça.

O que espera o cidadão que precisa da Justiça e espera, às vezes, uma vida, é que o sigilo não favoreça a impunidade. E se espera também que investigação semelhante chegue aos tribunais de contas do Ceará, onde uma decisão vale uma grana alta e é paga (advogado e conselheiro) com o dinheiro do contribuinte.