Quem viu o programa (16/09/14) da presidenta/candidata Dilma Rousseff, do PT, sentiu todo o drama que vive a presidenciável petista na ansiedade da espera do depoimento do ex-diretor de Petrobras, Paulo Roberto Costa, no Congresso Nacional (17/09/14), CPMIPETRO, sobre o propinoduto da Petrobras, que viveu, prosperou e fez muita gente prosperar de 2004 até 2012. Os mais de 10 minutos de programa da candidata petista foram consumidos com uma ampla abordagem sobre a corrupção e o combate que é feito pelo Planalto. Ou seja, a cúpula do PT, o genial marqueteiro e a própria candidata decidiram usar todo o programa para inocular no eleitor brasileiro uma VACINA CONTRA QUALQUER TIPO DE DENÚNCIA QUE VENHA A SAIR DO DEPOIMENTO DE PAULO ROBERTO COSTA NO CONGRESSO.

A presidenta havia dito anteriormente, em coletiva, que nada tinha a temer do depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mas parece que chão começou a tremer. A gente sabe que muita gente está trabalhando para que o depoimento seja um fiasco. Nesse caso, o depoente sairia prejudicado, uma vez que espera ter aceita a sua delação premiada pelo STF, mas salvaria o pescoço de uma carrada de candidatos, incluindo a presidenciável do PT, Dilma Rousseff. Faltando 15 dias para ser concluída a campanha, um petardo como esse poderia tirar qualquer um candidato ou candidata do eixo. Por isso a quilométrica VACINA.

No Ceará, como em alguns outros Estados com lideranças envolvidas no esquema de propina de Petrobras, conforme denúncias de Paulo Roberto Costa, publicadas pelas revistas VEJA E IstoÉ, o clima é igualmente de tensão e medo. A revista IstoÉ, por sinal, teve sua publicação retirada de circulação por determinação da Justiça. O pedido foi feito pelo governador cearense Cid Gomes (Pros), citado (como integrante do esquema) em matéria da revista juntamente com os senadores os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ) e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). O pedido foi atendido pela juíza Maria Marleide Maciel Queiroz, da 3.ª Vara de Família de Fortaleza, que esteve de plantão neste último final de semana. Como é natural, os veículos de comunicação reagiram e consideraram a proibição de circulação da revista um ato de censura prévia. E é. A lei define claramente como exigir a reparação em caso de inocência. Era o caminho.

ACUSADOS NA PRELIMINAR
DO PROPINODUTO


Cid Gomes (Pros); os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ) e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) são os novos acusados de integrarem o esquema de propina da Petrobras (revista IstoÉ). Anteriormente, a VEJA havia publicado matéria citando como envolvidos o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão; o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral; a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do PMDB; e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo no mês passado. Também foram denunciados os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, e o senador Romero Jucá, todos peemedebistas; o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, e os deputados Cândido Vacarezza (PT) e João Pizzolatti (PP) e Mario Negromonte (PP), ex-ministro das Cidades. Também foi citado o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.