PESQUISAS DO IPEC E IPESPE PUBLICADAS EM 22.09.22
A dança das pesquisas está deixando o eleitor louco, e o pior é que essa loucura é apanhada e repassada aos eleitores pelos próprios institutos de pesquisa, por despreparo para entender o momento social e político-eleitoral conturbado ou por maldade planejada pelos poderosos da mídia, na tentativa de criar uma atmosfera de voto útil para quem aparece na frente das preferências. A bulha eleitoral está afetada pela pregação da dita esquerda (que não entende o que é esquerda e atua como grupo do crime organizado) no exacerbado e violento patrulhamento aos bolsonaristas (identificado como direitistas). Mais grave ainda é que, aos ditos esquerdistas lulopetistas, uniu-se, com todos os meios, o próprio crime organizado, conduzindo, a mão armada, os votos nas comunidades que domina.
Moral da história: as pessoas estão com medo de se identificarem em voto a um candidato que não seja os da dita esquerda vermelha e violenta. Já nos redutos do crime organizado, nas periferias e favelas das cidades, nem se fala em outro nome que não seja Lula ou seus indicados. Cada bunker de droga (antiga boca de fumo) há uma bandeira do PT ou de Lula hasteada bem alta e, claro, bem visível à comunidade. É fácil perceber o medo disfarçado. Faltando uma semana para o voto, poucos são os carros que exibem adesivos dos candidatos (só aqueles que trabalham nas campanhas). E ameaças estão em todas as 'rádios calçada': carros adesivados com Bolsonaro ou com o Capitão Wagner, no caso do Ceará, estão correndo o risco de terem seus vidros quebrados. Na Bahia, pela força do ACM Neto, a perseguição é menor, mas há vereadores ameaçando retaliar com aqueles que votarem em Bolsonaro. No Piauí, o candidato do UB, Sílvio Mendes, está bem posicionado, mas a patrulha é cruel. Em cada estado aumenta ou diminui a perseguição a depender das peculiaridades da região.
Lembro da eleição passada (1986), quando Tasso Jereissati venceu Adauto Bezerra. Vi, em algumas casas, senhoras idosas, sobretudo no interior, ao receberem a visita de integrantes da campanha do candidato concorrente do coronel os chamava para entrar e mostravam, no fundo do baú, um cartaz do “Galeguinho dos ói azul”. Muitas pessoas tinham medo de dizer que não iriam votar no coronel. E, ressalte-se, não era a violência insana que hoje verificamos.
A TERCEIRA FASE DAS CAMPANHAS
Desde a eleição de 2018, que deu o primeiro mandato a Bolsonaro, marqueteiros, pesquisadores e cabos eleitorais boiam no seu trabalho. Marqueteiros atuam de forma dividida e tentam acertar na base do “um de tudo”. O que antes era só TV e rádio, agora rádio e TV têm papel coadjuvante das mídias sociais e aplicativos de mensagens (os torpedos ou disparos de mensagens). Melhor dizendo as campanhas eleitorais se tornaram DIGITAIS: a terceira fase das campanhas, ou seja, uma viagem que saiu dos cabos eleitorais para TV e o rádio e agora chega ao domínio, ainda pouco entendido das redes sociais, dos aplicativos de mensagens, que abrem a possibilidade de o candidato selecionar o público que receberá cada conteúdo e do eleitor falar direto com o político. A velocidade dos meios deixa até a Justiça tonta e correndo atrás do prejuízo e o contato direto, que transforma o receptor também em emissor de informação e opinião, desafia o marqueteiro digital.
O resultado, deixando de lado a manipulação deliberada, é a loucura que aparece nos números das pesquisas. Na eleição passada, viram-se erros grosseiros na divulgação dos resultados das pesquisas de véspera (não é de boca de urna, no dia do voto). E agora, os números mudam e até se invertem da noite para o dia, sem a ocorrência de qualquer fato que possa ocasionar. Um quadro de verdades e mentiras que deixa a vontade eleitoral longe da percepção desses escrutinadores.