O PTB surpreendeu a muita gente – sobretudo ao PT – ao
mudar-se de malas e bagagens para o palanque do tucano Aécio Neves, depois de
se banquetear para uma década nas mesas fartas do Planalto. No plano nacional, o
PTB pode até nem sofrer, mas no Ceará, o sempre presidente Arnon Bezerra, acomodado
ao papel de deputado federal, vai sofrer, se Dilma for a um segundo mandato,
com o fim das emendas parlamentares.
Já o PP, presidido pelo piauiense Ciro Nogueira, sobrinho de
ex-deputado Etevaldo Nogueira, preferiu continuar apostando em que está no
poder, com as bênçãos do deputado/padre José Linhares. E o preço deve ter sido
bom, pois o presidente do PP garantiu que “apoiará a presidentA mesmo que todos
desistam”. De qualquer modo, o presidente adesista vai ter dificuldades, pois quase
a metade do seu partido já está no palanque do PSDB. Os focos da dissidência
são Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que têm as maiores bancadas do partido na
Câmara. Por isso, ele não convidou a presidentA para o ato político e liberou
os Estados para tomarem o destino que quiserem. PP tem cerca de 1m20s por
bloco.