O 15 de setembro é uma data importante para os candidatos. É a data limite da virada dos majoritários e o início da escolha dos proporcionais pelo eleitor. Significa que o candidato majoritário (governador ou senador) que segurou até agora a preferência do eleitorado, dificilmente cai (só em caso de queda de avião). Já quem entrou em descendente antes disso e chega na virada do 15 caindo pode arranjar um curso fora ou se preparar para fazer oposição.
Nos proporcionais - deputados federal e estadual - o jogo começa agora. Só nesses últimos dias de campanha, o eleitor vai prestar atenção e, às mais das vezes, escolhe aquele (se não for por venda, emprego, família ou favor) em quem vai adotar e até anota o número. Outros, escutam, conversam, mas acabam indo para a urna sem um nome firme, às vezes,só com uma intenção. Por isso, vale a pena mandar alguém para a boca da urna só com uma bandeira com nome e número. Claro, não vou esquecer, que existem aqueles nomes que têm um grande "recall" que estão fora desse trabalho final. Também não olvido os compradores de voto, que já compraram e pagaram e só vão conferir a mercadoria entregue, que dá uma quebra doida). Lembra da eleição passada? Teve um federal que gastou muito e ficou na primeira suplência. Só foi efetivado dois anos depois. Tem outro que a gente nem vê, a não ser o nome na relação dos eleitos - a cada 4 anos.
O dia 15/setembro é um marco, fundamentalmente porque deve aparecer pesquisa dando os números das intenções de voto para os majoritários - incluindo os presidenciáveis. É a pesquisa que começa a valer. Os institutos, que acochambram na margem de erro para os melhores clientes, depois do dia 15 de setembro começam a chegar perto da realidade, pois não querem errar tanto (e quantos erros já vimos). A partir daí dá para projetar quem precisará de dois turnos e quem pode liquidar a corrida no primeiro. Por tudo isso, o terceiro (contando a partir da TV e do rádio) e último tempo da campanha é o quente. Está todo mundo no gás final (quem não desperdiçou) para conseguir seus objetivos: para uns - acabar no primeiro turno: para outros ser o segundo do segundo turno, enquanto os proporcionais vão para o ataque valendo da conquista do eleitor.