É grande o impacto das denúncias do caso Petrobras, já batizado de MENSALÃO II, veiculadas pela revista Veja, a partir das denúncias premiadas do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Foram oito anos de propina (2004-2012), tiradas do pedágio que era cobrado em todos os projetos (incluso a compra megafaturada da refinaria de Pasadena) aprovados na estatal, para distribuição com dezenas de políticos ligados ao governo do PT, desde Lula da Silva até Dilma Rousseff. Eram (e muitos ainda são) governadores, ministros, senadores e deputados federais.
A estratégia de defesa dos acusados foi armada e há gente escalada para falar sobre o caso, negando, é claro, a começar pela própria presidenta/candidata Dilma Rousseff, que obviamente nada sabe, nada sabia e tem raiva de quem sabe. Imagina o tamanho da ignorância (do caso) de Lula da Silva. Veja o que disseram os próprios acusados ou os defensores dos inocentes (já viu culpado respondendo processo ou na cadeia?):
DILMA ROUSSEFF:
“Nada sei e nem tomei conhecimento. Ao ter os dados eu tomarei todas as providências cabíveis, tomarei todas as medidas, inclusive, se tiver que tomar medidas mais fortes”.
GILBERTO CARVALHO (ministro):
“Até o momento é um caso de boataria. Querem tentar mudar os rumos das eleições” (até parece que a candidata Dilma está disparada na frente).
“É mais um incidente (?) que demonstra a necessidade de uma reforma política no país”.
“Com o financiamento privado de campanha, não há quem controle a corrupção” (disse imitando Lula da Silva).
EDISON LOBÃO (PMDB-MA), ministro, presidente do Senado, RENAN CALHEIROS (PMDB-AL) e presidente da Câmara, HENRIQUE ALVES (PMDB-RN):
“A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema. São acusações mentirosas”.
AÉCIO NEVES (PSDB):
“Não dá para a presidente Dilma dizer que não sabia o que vinha acontecendo. A marca mais perversa do governo do PT é o aparelhamento do Estado. Eles têm um plano para se perpetuar no poder, causando situações como esta da Petrobras. Os cargos de direção precisam ser ocupados por pessoas sem ligação com partidos políticos e não por pessoas que negociem, troquem favores”.
MARINA SILVA (PSB):
“É um degradante espetáculo político inédito para tentar desconstruir a minha candidatura. A Petrobras está sendo destruída pelo uso político, o apadrinhamento e a corrupção”.
GERALDO ALCKMIN (PSDB):
“É muito grave. Vale uma investigação profunda. O fato de as revelações terem vindo à tona em plena campanha eleitoral é uma questão menor”.