Conheça, ponto por ponto, o Brasil de Dilma Rousseff e seu PT para 2015:
- Taxa média de juros do cartão de crédito no rotativo atingiu em dezembro/2014 11,22% ao mês, o que equivale a uma taxa de juros de 258,26% ao ano. É a maior taxa de juros média desde julho/1999;
- A produção industrial brasileira caiu em 7 de 14 locais pesquisados pelo IBGE. A queda é de 0,7% em novembro, comparação com outubro, e recuou 5,8% em relação a novembro do ano passado; Amazonas tem maior queda mensal, na comparação de novembro com outubro, a maior queda foi do Amazonas, com recuo de 4%, seguido por Minas Gerais, com baixa de 2,6%; São Paulo, com queda de 2,3%; e Santa Catarina, onde o índice recuou 1,9%. No Ceará, a produção industrial também caiu, perdendo 1,2%; no Rio Grande do Sul, perdeu 0,9%; e em Goiás recuou 0,1%. Por outro lado, em Pernambuco o indicador subiu 5,3%; no Rio de Janeiro, avançou 2,5%; e, no Espírito Santo, ganhou 1,7%. A região Nordeste teve alta de 1%; o Paraná, de 0,9%; o Pará, de 0,8%; e a Bahia fechou a lista das regiões com alta, de 0,6%. Em um ano, 11 de 15 locais apresentam queda. Na comparação de novembro de 2014 com novembro de 2013, a produção industrial caiu 5,8% no Brasil, com recuo em 11 locais dos 15 pesquisado;
- O resultado do PIB de 2014 deverá ser o pior desde 2009, quando houve queda de 0,3%. Para 2015, o governo já revisou sua projeção de 2% para 0,8%;
- Inflação. No acumulado em 12 meses até novembro, a inflação oficial do país (IPCA), acumulou alta de 6,56%, completando 4 meses seguidos acima da meta do Banco Central, de 6,5%;
- Controle fiscal. As contas públicas têm registrado forte deterioração. De janeiro a novembro deste ano, o governo central – União, estados, municípios e estatais – acumula um rombo de R$ 19,64 BILHÕES, o primeiro da série histórica do Banco Central (BC) para o período. Até o final do ano deveriam sobrar, pela meta inicial do governo, pelo menos R$ 116,1 bilhões, equivalentes a 1,9% do PIB. O objetivo, entretanto, foi abandonado e o governo aprovou no Congresso um projeto de lei que autoriza a redução do superávit primário (volume de poupança destinado ao pagamento de juros da dívida pública) para poder fechar as contas públicas de 2014. Levy fixou uma meta de superávit primário para o setor público de 1,2% do PIB para 2015 e de pelo menos 2% do PIB para 2016 e 2017, e disse que haverá diminuição de gastos;
- Dívida pública. Após 4 anos seguidos de queda, a dívida líquida do setor público (indicador que fornece uma pista sobre a capacidade de pagamento de um país) voltou a crescer em 2014, somando até novembro R$ 1,84 trilhão ou 36,2% do PIB, contra 33,6% do PIB em dezembro de 2013. A dívida líquida considera os ativos do país como, por exemplo, as reservas internacionais – atualmente acima de US$ 370 bilhões. Também houve aumento na dívida bruta, uma das principais formas de comparação internacional, que inclui todos os passivos públicos, inclusive os títulos do Tesouro emitidos para injetar dinheiro no BNDES. No fim do ano passado, estava em 56,7% do PIB, avançando para 63% do PIB em novembro de 2014. Se confirmado para todo ano de 2014, será o primeiro aumento desde 2012;
- Comércio exterior. O Brasil deverá registrar em 2014 o primeiro déficit na balança comercial desde 2000. No acumulado até novembro, as importações superaram as exportações em 4,22 bilhões. Somente no mês passado, o déficit nas transações do comércio exterior foi de US$ 2,350 bilhões, o pior resultado para o mês nos últimos 20 anos;
- Déficit das contas externas. O país vem acumulando sucessivos déficits em transações correntes, que engloba a balança comercial, os serviços e as rendas – e é um dos principais indicadores do setor externo brasileiro. Em novembro, o resultado foi o pior para o mês desde o início da série histórica do BC, em 1947. No acumulado dos 11 primeiros meses deste ano, o resultado negativo somou US$ 80,3 bilhões, o que representa uma alta de 10% frente ao mesmo período do ano passado. A estimativa do Banco Central é de que as contas externas brasileiras devem fechar 2014 com um resultado negativo de US$ 86,2 bilhões, o pior resultado em 13 anos e o equivalente a 3,94% do PIB;
- Evolução da Selic. Taxa básica de juros. Após chegar a 7,25% no final de outubro, a taxa básica de juros da economia retomou trajetória de alta e terminou 2014 em 11,75 ao ano, o maior patamar em três anos. E o Copom acenou que a taxa deverá continuar subindo. Para os analistas, a equipe econômica tende a ser mais dura no segundo mandato de Dilma - após a inflação ter ficado próxima de 6% em todo o primeiro mandato, distante da meta central de 4,5%;
- Mercado de trabalho. Em novembro, a taxa de desocupação ficou em 4,8% - 0,1 ponto percentual acima dos 4,7% de outubro, e 0,2 ponto acima dos 4,6% de novembro de 2013. O Brasil criou até novembro do ano passado 2014 938 mil empregos com carteira assinada, o que corresponde a uma queda de 39% na comparação com 2013. No acumulado dos onze primeiros meses de 2014, o resultado foi o pio desde o início da série disponibilizada pelo governo em 2002. Também foi a primeira vez que o saldo ficou abaixo de um milhão neste período;
- Investimentos. A taxa de investimento permanece estagnada. A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador que apura o que se investe em máquinas, bens duráveis e construção civil, segue abaixo do patamar de 19%, abaixo da média mundial. A presidenta defende que o ideal seria atingir um percentual de investimento em torno de 25% do PIB, mas, nas duas últimas décadas, a taxa de investimento tem oscilado entre 15% e 20%. A ultima vez em que a taxa de investimento superou os 20% foi em 1989, quando o percentual chegou a 26,9%. No 3º trimestre, a taxa de investimento foi de 17,4% do PIB, inferior à registrada em igual período do ano anterior (19%);
- Câmbio. Após chegar a romper o patamar de R$ 2,70 em dezembro, o dólar acumulou alta (2014) de 12,78%. A nova equipe econômica e sua linha ortodoxa animou os mercados. Investidores, porém, seguem se ajustando à redução pela metade no volume de intervenção diária do Banco Central. Nem os leilões diários de mercado futuro - "swaps cambiais" - melhoraram as projeções.