A primeira intriga seria com o PT, que quer a vaga de senador. Depois, quem ficaria no governo tampão? E seria o governador tampão o candidato? A disputa cordata, no caso, seria entre Zezinho e Domingos Filhos. Mauro Filho, Cristino e Roberto Cláudio cairiam fora. E aí o PT, sem a vaga do Senado, poderia engrossar o pescoço e até lançar um candidato (ou candidata) ao governo, embolando de vez o jogo eleitoral. Tentar segurar e manter a parceria com Eunício teria sido o melhor caminho, pois sem ele a sucessão seria tranquila. O candidato do clã teria um latifúndio de tempo na TV e de partidos. Seria uma pedreira quase inexpugnável para qualquer adversário. Porém, como todas as iniciativas saíram frustradas, agora só resta o jogo perigoso.
São dois cenários bem distintos (e difíceis para o clã) que podem surgir nos próximos dias: com Eunício candidato ou com ele fora. Tanto o clã empurrou com a barriga a situação que agora se vê no mesmo canto de carroceria em que, no passado, colocou Tasso Jereissati e Luizianne Lins. A escolha é: assumir a candidatura de Eunício e ter a certeza que será outro time que assumirá o poder, se resultar em vitória ou concorrer contra ele. Em qualquer dos casos, a candidatura de Ciro ao Senado e manutenção da prefeitura de Fortaleza seriam as âncoras que manteriam o clã, pelo menos, com uma parcela poder, ainda com uma articulação política e financeira bem interessante, concorda Arialdo Pinho?