Muita gente, de boa e má fé, gastou retórica para explicar a
razão de os dois presidenciáveis não virem em campanha ao Ceará neste segundo
turno. Apareceu até um cientista político, Filomeno Moraes, para dizer, não sem razão, que um Estado como
o Ceará, que representa menos de 5% do eleitorado nacional, não é o foco nessa
reta final da disputa presidencial. Líderes regionais da candidata petista e do
tucano dizem que "foco é outro" na reta final da eleição, como
visitar regiões onde há chances de ampliar votação.
Assis Diniz, presidente estadual do PT reforça que a
estratégia do partido é a concentração onde se terá uma condição de ampliar
votação. Significa que os 73% (votos válidos) que deu a Dilma a última pesquisa O
POVO/Data folha está bom. Para o deputado federal José Guimarães (PT), a
ausência de Dilma “nada muda na relação dela com o Ceará”. Tudo bem, mas os
votos projetados para Aécio Neves não agradam: 27%. O grande puxador de voto,
que seria o senador eleito Tasso Jereissati (PSDB), não deu em nada. Em
verdade, não houve e não há trabalho. A desculpa da não vinda do presidenciável
tucano é amarela: os debates. O certo mesmo é que faltou trabalho e liderança
no Ceará. A agenda ficou aberta e o líder cearense, Tasso Jereissati, quis
levar o candidato para afagar seu próprio ego: Sobral. Por que não Fortaleza? Não
foi explicado. Agora, para não passar em branco há uma caminhada programada
pelas redes sociais. Pouco, muito pouco.
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