O ministro da Educação, Cid Gomes (Pros - por enquanto) é o novo queridinho da presidente Dilma Rousseff (PT). Dirige uma das pastas mais importantes da esfera federal e pode assumir também a função de intermediação com o Congresso Nacional e demais segmentos políticos.

Cid trabalharia em colaboração com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD). Os dois fariam a interlocução política, área que o governo Dilma tem apresentado carências.

Um fato comum incomoda Dilma tanto quanto a Cid e Kassab: a influência do PMDB no governo. Nesse período de infidelidade (a fidelidade da base aliada caiu de 80% em 2011 para 68% no ano passado, segundo especialistas) é bom ter na articulação alguém sintonizado com os mesmos objetivos.

Ainda na eleição passada, quando o Gomes ministro ainda era governador do Ceará, ele e Kassab já trabalhavam (e soltavam retórica) para reduzir a dependência do PMDB. Mostraram muita afinidade.

O PMDB é o maior partido aliado e cotado para assumir a presidência da Câmara, com Eduardo Cunha, e manter a do Senado, com o odiento Renan Calheiros.

Preste atenção: Cid é capaz de fazer uma boa articulação. Tem habilidade para tanto, mas sua relação com a Assembleia do Ceará, quando governador, não serve de exemplo. É mera dependência, principalmente, eleitoral.

Quem, com certeza, não vai gostar desse novo papel de Cid Gomes e de Gilberto Kassab é o povo da ala lulista do PT e o PMDB. Também a ala dilmista, por exemplo, Aloísio Mercadante, vai ficar incomodado. Mercadante, como aponta a senadora Marta Suplicy, é nome forte (contra Lula) para suceder Dilma em 2018.

Marta faz fortes críticas ao PT e a Dilma e já lança o "queremismo". Ou seja, Lula 2018.