Um conjunto de obviedades saiu a entrevista de 100 dias da
administração do clã Santana, que, confessadamente, se define com uma administração
de continuidade a do clã Gomes.
Camilo (PT), o governador do clã Santana, fala com extremo
cuidado, principalmente quando aborda a questão de caixa do Estado, em absoluta
escassez.
Revela que busca uma marca (mas não de carro, para
substituir a Hilux de Cid Gomes-Pros) para o seu governo, que seria o blá-blá-blá,
ou seja o diálogo.
Admite, porém, que a questão da segurança é fundamental e
está puxando para ele, conforme diz ter prometido na campanha, todas as
decisões. Uma delas é a aquisição de carros mais simples para o policiamento,
principalmente nas cidades.
Seu plano recente, que inclui uma tentativa de resgatar o
Ronda do Quarteirão, o maior fracasso da gestão do clã Gomes, não é novidadeiro,
mas merece um tempo para ver o encaminhamento prático.
Aborda todas as demais questões mais complicadas de forma
conservadora: obras (incluindo as muitas paralisadas) refinaria, acquário, seca,
saúde, queda na arrecadação e relacionamento político. Ou seja, tudo está sendo
tratado de acordo com a lei e com os comportados mandamentos políticos.
Deixando de lado a influência do pai (Eudoro, aposentado
como ex-deputado embora só tendo exercido dois mandatos) e ademais das mudanças
na área de segurança e no estilo mais conversador do governador Santana, sobram
duas novidades: ele é alérgico a muriçoca e torce pelo Icasa.