Duvido muito que alguém em sã consciência ainda queira ser tesoureiro ou secretário de finanças do PT. O anterior, Delúbio Soares, foi condenado, no MENSALÃO, a oito anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Antes, foi expulso do PT e depois foi readmitido.

Agora, é João Vaccari Neto, que foi preso Polícia Federal, no PETROLÃO, embora negue, como fazia Delúbio Soares, envolvimento no esquema de corrupção que atingiu a Petrobras nos últimos anos. 

Do mesmo modo que no caso anterior, depois de prisão de Vaccari, o PT decidiu afastá-lo da tesouraria do partido, ainda que tenha divulgado nota em defesa do ex-petista classificando a prisão como “desnecessária” e “injustificada”.

LAVAGEM DE DINHEIRO

Os fatos que resultaram na decretação da prisão de Vaccari, já enquadrado como réu no PETROLÃO, são pesados e podem deixar rastros incriminadores nas portas do Planalto.

A Editora Gráfica Atitude, condenada por realizar propaganda irregular de Dilma em 2010, recebeu R$ 1,5 milhão de um dos suspeitos de integrar o esquema de desvios na Petrobras, de acordo com o MPF. 

Os pagamentos feitos entre 2010 e 2013 foram considerados pelo juiz Sergio Moro prova documental decisiva para a decretação da prisão preventiva do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

A Editora Gráfica Atitude, que teria sido indicada por Vaccari para o pagamento da propina devida por uma das empreiteiras que operavam na Diretoria de Serviços da Petrobras, pertence aos sindicatos dos Bancários e dos Metalúrgicos do ABC. A empresa edita a revista Retrato do Brasil e o site Rede Brasil Atual.

A ligação é clara, principalmente com o partido.