O prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (Pros) já sentiu o resultado pesado da revolta da base de apoio na Câmara de Vereadores, mais ou menos no modelo que ocorre na Câmara Federal, em Brasília, impondo duras derrotas ao governo do PT, apesar de se posicionar como base aliada.

Foi durante a votação do Plano Municipal de Educação. E, estranhamente, boa parte da bancada de oposição (PT e Psol) votou a favor do plano do prefeito, enquanto os vereadores da base de apoio propunham e aprovavam emendas. E o resultado foi a aprovação de modificações que excluíram diretrizes sobre diversidade sexual, homofobia e violência sexista. Felizmente.

Agora é a vez da prova de fogo do governo do Ceará Camilo Santana, do PT. Há quem diga que a situação do conversador governador petista é mais delicada. O governo cearense deve enviar para apreciação da Assembleia Legislativa o seu plano estadual (de educação) e ele nem chegou ainda e já tem causado rebuliço (não reboliço, como escreveu o redator de O Povo em uma matéria sobre educação).

Os deputados da minguada oposição já se movimentam para barrar no texto do plano qualquer que seja a referência à questão da diversidade sexual. Estão apostando que até a base governista diverge dessa inclusão sobe a diversidade sexual. Para conseguir aprovar o texto na íntegra, é preciso convencimento.

Bom, o governador Santana está no seu elemento. Conversar é o que mais ele sabe fazer.