Será que o aumento da carga tributária que agora é aplicado no Brasil vai ser retirado depois de dois anos, conforme anuncia o ministro do Planejamento Nelson Barbosa? Nunca vi imposto reduzido neste "Brasil caboclo de Mãe-Preta e Pai João", como canta Zé Ramalho.

Recordo o choro, ainda hoje não acalentado, com a derrubada da CPMF pelo Congresso Nacional. O governador cearense, Camilo Santana (PT), que está tentando começar a governar, só fala em retomar a CPMF.

Já tínhamos -e agora mais ainda- o título de CAMPEÃO MUNDIAL no tamanho da carga tributária. E ganhamos indo e voltando: temos o maior imposto e menor retorno em serviços.

Na comparação com outros países, o Brasil ficou atrás de Uruguai (11°), Grécia (16°), Argentina (19°) e Eslovênia (20°). Encabeçam a lista da melhor taxa de retorno Austrália (1º), Coreia do Sul (2º), Estados Unidos (3º), Suíça (4º) e Irlanda (5º).

Foi a primeira vez, do que lembro de outras crises brasileiras, que o governo fica pedalando balanços e bicicletas e não fala -e nem dá menor bola- para o item redução dos gastos da máquina pública. Tal omissão fecha o túnel que leva ao caminho de qualquer melhoria dos recursos a serviços básicos à população.

A onerosa máquina pública brasileira continua como um gigante faminto a devorar o erário e ninguém se mexe - nem o governo federal, os estaduais e muito menos ainda o judiciário e o legislativo. Pedala, pedala, Brasil!