O certo é que a crise na saúde do Ceará não tem solução. O jeito então é apelar para o comércio do boi gordo, ou seja, aposta na bolsa futuro. Podemos também qualificar como saúde virtual

Significa mais ou menos o seguinte: olha, meu povo, segura a dor aí que nós vamos construir o IJF II e tudo estará resolvido. É pouco tempo. Serão construídos 226 novos leitos, com um orçamento de R$ 74,6 milhões, e toda obra deve ser concluída até 2017.

Claro que a obra será iniciada imediatamente porque no meio do prazo existe uma eleição municipal (2016) e o atual prefeito tem todo interesse nela - para renovar seu mandato por mais quatro anos, mesmo que o Congresso aprove a PEC acabando com a reeleição.

Equipamento já deve funcionar após conclusão da primeira etapa, em 2016, óbvio. A segunda etapa do empreendimento público será a principal alavanca da recandidatura do prefeito Roberto Cláudio (Pros), que cairá com 25% dos custo orçado. O Estado botará os outros 25% e o governo federal bancará os 50%.

Bem, bem, se a saúde tem de esperar a engorda do boi, a Câmara atua no presente na busca de não perder o trem do futuro. E como faz isso? Simples: sacrifica os desgarrados que tiveram a incompetência de serem flagrados nos atos de corrupção: vereadores Antonio Farias de Sousa, o AONDE É (PTC), e Leonelzinho Alencar (PTdoB).