Na maior cara dura, a equipe econômica do Governo diz que o desditoso ajuste fiscal (leia-se APERTO) irá durar até 2017. Quem apareceu para dar a caliginosa notícia foi o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que não conseguiu convencer a ninguém, muito menos ao mercado e aos economistas, que afirmam que os efeitos deverão ser sentidos por mais tempo.

E tem mais remédio amargo. O ministro Nelson Barbosa defendeu também a alta dos juros promovida pelo Banco Central como indispensável para o controle da inflação. A Selic vai subir para 13,25% ao ano, o maior patamar desde 2008.

E o que significa todo esse purgante que o brasileiro deve ingerir nos próximos dois anos, pelo menos? Um quadro recessivo, ou seja, mais DESEMPREGO, QUEDA DA RENDA. CRÉDITO MAIS DIFÍCIL E CARO. O ministro do planejamento usa outros termos: "vamos viver uma demanda reprimida por serviços de infraestrutura, o que vai ajudar a permitir uma retomada do nível de investimentos no país já no final de 2015 e, sobretudo, a partir do ano que vem”. Há controvérsia quanto a esse posicionamento. Muitos acham que a demanda reprimida mais atrapalha do que ajuda.