(foto Elizangela Santos - DN)
A normalidade do Ceará, sobretudo na saúde e na questão da água, autoriza a que o governador Camilo Santana, do PT, fique saltando de evento em evento sem importância, ainda que a administração pública cearense, afogada em fofocas e partição familiar de poderes, na saia do canto depois de seis meses de novo comando.
Depois de trocar o secretário Danilo Serpa das Relações Institucionais para o Ceará Portos (tirou quem não é de nada de uma secretaria de nada para um posto de quase nada), o governador Santana foi passear em sua região a título de inaugurar uma ciclofaixa que liga Juazeiro do Norte a Barbalha.
Depois dessa importante obra/intervenção, o Ceará não será o mesmo, ainda que a saúde e a seca continuem como um flagelo, que 90% das obras que eram tocadas no Ceará permaneçam paralisadas, que o Acquário continue como símbolo do desperdício, enfim, que o governo cearense realmente tenha início, gerando, pelo menos, alguma esperança.
A RUINDADE É DE CABO A RABO
O cearense, mais que todo brasileiro, está desesperançado. E o que lhe chega de informações não trazem nenhum alento. No cenário nacional sobra somente o juiz federal Sergio Moro dando demonstração de vergonha e retidão ao determinar prisão de gregos e troianos (falta só o chefão).
No resto (resto mesmo e não restante), é ver o GOVERNO DILMA ROUSSEFF, também do PT, se desmilinguindo: 65% dos brasileiros não a querem mais no comando do país. Só 10% a aceitam, menos que o próprio PT, que sempre ostentou 19% do eleitorado.
É ver a seleção brasileira de futebol tropeçando na bola. O certo mesmo é que, com ou sem Neymar, a seleção atual é uma aglomerado e bonzinhos, que consegue, no máximo, se igualar a Venezuela, que não tem tradição no futebol.
É ver, no Ceará, um governador passeando de bicicleta em sua região de origem, enquanto a administração cearense afunda na falta de decisões e vontade política, envolvida em fofocas e disputa familiar de poder.
É ver que a mambembe produção do governo Camilo Santana, depois de seis meses de muita conversa e vilegiaturas, é anunciar um polêmico PACOTE DE CONCESSÕES. Uma ideia, que deve estar inspirada na administração péssima de Dilma Rousseff, também do PT, como Camilo, e, ainda por cima, da bolsa de futuro, pois só poderá acontecer nos próximos anos - talvez ele nem esteja mais no governo.
Trata-se de um pacote que cheira mais a discurso de enrolação, pois nunca foi falado e muito menos apareceu qualquer grupo manifestando interesse. Mera imitação de um governo ruim de um outro pior.
É ver uma prefeitura, de Fortaleza, levar dois anos de meio para demitir um adversário político, justificando-se assim que o lixo e os buracos (principalmente na periferia), mesmo com a insignificante estação chuvosa, tomem conta da cidade. E, na TV, o dinheiro público corre fácil paras os cofres privados ao som daquele musiqueta que diz que o "povo gosta".
O Ceará, mais que o Brasil, está quebrado, mas não se escuta falar de uma providência, seja no Estado ou no Município de Fortaleza, para reduzir custos. Ao contrário. Só se escuta a criação de novos cargos para distribuir com aliados políticos e, às vezes, até adversários.
Quer uma prova? Vá a um hospital do Município ou do Estado e indague quantos médicos estão lotados na dita unidade. Só vão dizer pegando a folha de pagamento, o que não significa o mesmo tanto de médicos trabalhando. E ainda falam de carência e anunciam concurso. Pode?
O Ceará, mais que o Brasil, está quebrado, mas não se escuta falar de uma providência, seja no Estado ou no Município de Fortaleza, para reduzir custos. Ao contrário. Só se escuta a criação de novos cargos para distribuir com aliados políticos e, às vezes, até adversários.
Quer uma prova? Vá a um hospital do Município ou do Estado e indague quantos médicos estão lotados na dita unidade. Só vão dizer pegando a folha de pagamento, o que não significa o mesmo tanto de médicos trabalhando. E ainda falam de carência e anunciam concurso. Pode?