No acompanhamento de todo o caso do PETROLÃO, o que me deixa
irritado e, ao mesmo tempo, apreensivo é perceber que muitos dos acusados,
sobretudo os mais contumazes infratores da lei no que se refere a apropriação
do dinheiro público, nunca se defendem. Preferem tentar desqualificar ou
defenestrar os apuradores. Não valeria muito tal posicionamento se alguns dos ditos
acusados não estivessem na casa que faz as leis - o Congresso Nacional.
Zé Dirceu (PT) e Zé Genoíno (PT), condenados no MENSALÃO foram os primeiros a agir assim. O ex-presidente Lula (PT), agora alvo oficial de apuração, pelo Ministério Público, de tráfico de influência nos empréstimos do BNDES a diversos países em obras que beneficiaram a empreiteira Odebrecht, seguiu a moda inaugurada pelos corruptos do PT e, ao invés de se explicar, preferiu investir contra o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações do PETROLÃO.
Zé Dirceu (PT) e Zé Genoíno (PT), condenados no MENSALÃO foram os primeiros a agir assim. O ex-presidente Lula (PT), agora alvo oficial de apuração, pelo Ministério Público, de tráfico de influência nos empréstimos do BNDES a diversos países em obras que beneficiaram a empreiteira Odebrecht, seguiu a moda inaugurada pelos corruptos do PT e, ao invés de se explicar, preferiu investir contra o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações do PETROLÃO.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), junto com o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentaram e tentam derrubar o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, e desqualificar o Ministério Público Federal. Cunha, por sinal, faz pronunciamento à nação, hoje à noite (17/07/15), em rede de TV, para prestar contas do seu trabalho na Câmara, mas pode até misturar as coisa, já que promete detonar o governo Dilma Rousseff (PT), a título de vingança. Já anunciou o rompimento com o governo e garante que não cairá sozinho. Por enquanto, seu rompimento é solitário.
Até o deputado cearense Aníbal Gomes (PMDB), envolvido no
PETROLÃO, denuncia complô para acusá-lo, principalmente na ligação com o presidente
do Senado Renan Calheiros, em nome de quem, conforme a acusação, negociava
propina.
O último a agir assim foi o reincidente senador Collor de
Mello, que renunciou ao mandato de presidente da República para não receber o
impeachment, envolvido em roubalheira com o "companheiro" PC Farias, misteriosamente assassinado.
Collor, que foi eleito senador depois de passar 8 anos
inelegível, teve três carros importados apreendidos, pela PF, na famosa casa da
Dinda, no DF, onde morava sua falecida mãe e onde ele mora. Foi acusado de ter
recebido propina no PETROLÃO e está sob investigação.
Ao invés de tentar se explicar, o reincidente Collor foi à
tribuna do Senado para alertar os "companheiros" de que todos poderão
ser “vítimas” das atuação do Ministério Público Federal que “deturpa” a
democracia no País.
Alvo de uma ação de busca e apreensão da Polícia Federal em
sua residência esta semana, Collor fez um apelo para que o Congresso tome
medidas que restrinjam a atuação da Procuradoria-Geral da República, que conduz
as investigações da Lava Jato.
Tomara que o desejo do reincidente Collor caia no
esquecimento, pois o MPF não "deturpa" a democracia. Está apenas
querendo punir ladrões do dinheiro público, ação para qual são pagos. Collor
disse ainda que "não se iludam, pois ninguém está livre disso". Mentira,
senador, só os denunciados por roubalheira, como você (perdão, não dá para
tratar por senhor), são alvos do MP. Seu João Mascarenhas, dono de um pequeno
supermercado em Maracanaú, não corre nenhum risco. Nem o escritor internacional Ruy Câmara.
SENADOR EUNÍCIO TAMBÉM
CONDENA AÇÃO DA JUSTIÇA
Pior é que o senador presidente, Renan Calheiros, alagoano como Collor de Mello e igualmente acusado de ter recebido propina, em apoio ao colega Collor, disse que a reação do Congresso não é apenas para questionar suas
competências (referindo-se, certamente, ao MPF), mas de preservação da
democracia no País.
É surpreendente que, embora ainda não acusado no PETROLÃO, o senador Eunício Oliveira
(PMDB-CE), talvez por solidariedade aos "companheiros", também
condene a prisão de alguns acusados no caso. Manifestou isso na reunião/almoço
na FIEC, quando falou do HUB da TAM, do repatriamento de dinheiro levado
ilegalmente para o estrangeiro, gabando-se de diversas outras ações isoladas.
Ao falar sobre a prisão de empresários no PETROLÃO, fez cara feia e criticou o fato de um simples
juiz (referindo-se, certamente, ao juiz federal Sérgio Moro) pudesse mandar
prender um empresário do porte do dono da ODEBRECHT.
Será que o senador cearense, que foi candidato a governador
do Ceará nas eleições passadas (2014), quis dizer que se fosse um ladrão de
galinha poderia ser preso, mas um ladrão de gravata, NÃO?
(Escute no link abaixo o áudio da palestra):
https://mail.google.com/mail/u/2/#inbox/14e9c40d080d0fc6
(Escute no link abaixo o áudio da palestra):
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