O Brasil está sem rumo e, por isso, afunda em uma crise sem fim. O governo Dilma Rousseff (PT), como comandante de um transatlântico, vai a pique com o país, vendo chegar ao fim a sua governabilidade.

O dia final foi ontem (05/08/15), quando dois partidos (PDT e PTB) deixaram a base governista e a Câmara aprovou mais despesas para o governo enfrentar, sem ter de onde tirar, pois o plano de estabilização do ministro Joaquim Levy está fazendo água definitivamente.

O governo tem repetidas decepções na arrecadação, que cai a cada mês. Se já não dava conta das despesas e gastava mais do que arrecadava, agira tudo piorou. Sem crédito, sem confiança no governo tudo desmorona. O resultado é o desemprego, a disparada do dólar, e estagnação.

O que a Câmara Federal aprovou o governo não tem como honrar, pois o efeito cascata vai quebrar a União e os Estados: foi aprovada a PEC que vinculava ao salário dos ministros do STF o salário dos defensores e dos delegados. É uma ciranda que vai crescer e enforcar as finanças do país.

O que se viu, em reação à crise, foi um patético e inócuo apelo à união do vice-presidente e coordenador político do governo, Michel Temer (PMDB), partido que, contraditoriamente, tem sido o algoz da administração petista/peemedebista.

O transatlântico do governo, que viveu até agora de uma coalizão infiel, soçobrou. Vi até o líder do governo na CF, o deputado José Guimarães (PT), semblante abatido, dizer que o governo precisa refazer a sua base. Inútil. O vórtice que provoca um navio sem leme arrasta tudo para o fundo do mar.

Há saída? Faltam 10 dias (16/08/15) para os marcados manifestos de rua, que podem ser o dia "D". Enquanto isso, o Brasil só piora. Mais de 200 milhões de brasileiros, que pagam as contas, sofrem e veem suas esperanças se esboroarem na falta de governabilidade.

Cuidado, gente, o monstro só está latente!