Quem não gosta do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, é o PMDB, sobretudo, o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. O PT finge que não mas adora o Janot, que mal disfarça sua índole petista.

Quando o deputado Cunha disse que Janot estava a serviço do Planalto na denúncia contra ele, sob acusação de ter recebido propina, não mentiu. O caso existe, mas só foi detonado porque Cunha começou a ameaçar o governo Dilma, do PT.

Agora, com mandato renovado por mais dois anos, Janot dá outra demonstração de sua predileção petista. Preste atenção. O delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa solicitou a oitiva do ex-presidente Lula da Silva na condição de investigado. Janot contraria a pretensão do delegado Azevedo e envia parecer ao STF solicitando que aquela corte autoriza que Lula da Silva seja ouvido na condição de testemunha.

A decisão final será do ministro Teori Zvascki, relator da Lava Jato. A tendência é de que ele acolha a manifestação da Procuradoria. Mas, na condição de TESTEMUNHA a oitiva de Lula da Silva é uma gaiatice. Tanto o doleiro Alberto Youssef como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa manifestaram "presunção" de que o ex-presidente tivesse conhecimento do esquema de corrupção”, tendo em vista “as características e a dimensão” do caso.

Costa foi mais enfático ao afirmar que, “em razão da envergadura do esquema de corrupção montado na Petrobras, é muito pouco provável que tanto Lula quanto Dilma não tivessem conhecimento”.

E aí Lula vai testemunhar o quê, se ele nada viu e nada sabia?

Contudo, como Lula nada viu e de nada sabia, mas estava em todas, é salutar para a verdade que se diga que a investigação que tramita no STF não tem qualquer relação com outro procedimento aberto no MP do Distrito Federal que apura a suposta participação de Lula na concessão de empréstimos do BNDES.