Será que o nosso Brasil já não tão varonil não tem outra pauta que não seja, roubo, extorsão, chantagem e aumento de impostos? Parece que não. O senador baú (pelos segredos de roubalheira que guarda) Delcídio do Amaral (PT) está preso e a maioria dos seus colegas de clube (Senado) sente uma enorme dor de cotovelo por ter votado a favor da permanência do companheiro na prisão. O país é o menos.

E a pauta agora avança no rumo de outros corruptos ainda não atingidos por uma investigação mais apurada - senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Jáder Barbalho (PMDB-PA), Collor de Mello (PTB-AL), além do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE). Todos foram  denunciados por envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras.

Mas, nada enche mais do que ver e ouvir todo dia o corrupto chantagista, que ainda preside a Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), empurrar a faca nos peitos dos desmoralizados petistas - se me cassarem encaminho o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Ora, ora, que os dois afundem juntos. Só não podemos esquecer que estamos falando do segundo cargo na linha de sucessão, depois do vice-presidente, é claro. As instituições deste país não podem ser fortes tolerando um chantagista corrupto usar o cargo como refém de troca. É menosprezar, é tripudiar o país e sua gente, infelizmente, seguindo o triste exemplo do ex-presidente Lula da Silva.

REVOLTANTE, SIM

Não posso deixar de ler revistas e jornais, mas algumas vezes fico tão revoltado depois de leituras sobre a roubalheira que me contenho a custo. O rastro do roubo é tão evidente, a extensão é tão revoltante quanto a cara de pau dos autores negando tudo.

Fico com a impressão, às mais das vezes, que o PT (com raras exceções), sim o PT sozinho, pois os outros partidos foram agregados como sustentação, pensou o Brasil somente como um grande cofre a ser saqueado. Onde eles puseram as mãos, o esquema da roubalheira foi montado.

E os mentores disso tudo? Um está preso (e foi um baque), outro está solto e tentando confundir, e a principal testemunha caiu e está sendo expurgada (como é mais famosa, não pode ser no modelo Celso Daniel). A trama toda está deslindada e seus autores conhecidos, por mais que neguem.

Na ânsia de saquear o país e perpetuar a dominação, não cuidaram nem de ver como esse cofre seria (re)abastecido. Se tivessem tido a inteligência de cuidar do abastecimento, poderiam até passar em frente. Mas a ambição e a incompetência atrapalharam. Como dizia o meu avô (todos os avós diziam isso) em casa que falta pão e tesão sobra a confusão.

Se você conhece, faça um exercício. Qual cofre importante da República Federativa do Brasil não foi saqueado? BNDES, PETROBRAS, FUNDOS DE PENSÃO, OBRAS DA COPA, PRÉ-SAL, HIDRELÉTRICAS E USINAS NUCLEARES, BR DISTRIBUIDORA, entregue a Collor de Mello? 

Até Medida Provisória foi paga para ser publicada, favorecendo o setor automobilista - prorrogando benesses. É o caso da Operação Zelotes, que envolve Luís Cláudio Lula da Silva, o segundo filho do ex-presidente a ter o nome no rol da roubalheira.

O pior foi a pilhagem aos cofres da SETE BRASIL antes mesmo de a empresa fazer um negócio sequer. A "SETE PROPINA", como ficou mas conhecida, foi criada pelo próprio ex-presidente Lula da Silva com a missão de fabricar sondas de perfuração para exploração de petróleo nas águas profundas do pré-sal.

Em seus cinco anos de funcionamento não entregou uma sonda sequer e acumula hoje um prejuízo de 3,6 BILHÕES DE DÓLARES. E é o banqueiro André Esteves, preso com o senador Delcídio, envolvido até o pescoço com o propinoduto, quem está encarregado de negociar US$ 3,6 bilhões de dívida da companhia.

O ex-presidente da SETE BRASL, João Carlos Ferraz, com 30 anos de Petrobras, até que resistiu, mas acabou sendo convencido pela tropa de choque da propina - Pedro Barusco, João Vaccari e Renato Duque. Adotou o sistema de deixar 1% para a propina em todos os negócios da SETE. Desse recolhimento, 2/3 eram para o PT e restante rateado com os diretores.

Ferraz ficou na SETE até dois anos depois de Graça Foster ter assumido a Petrobras, em 2014. Em março deste ano (2015), ele teve uma crise de consciência e escreveu um carta à direção da SETE BRASL contando ter recebido quase 2 milhões de dólares em propina de estaleiros. Era somente mais um caso de propina envolvendo o PT.