Se faltava alguma coisa para abrir a porteira da retomada do impeachment da presidentA DILMA já não falta mais. O vazamento, ainda que negado, dos depoimentos de delação premiada do senador Delcídio do Amaral, já defenestrado do PT, reacende a fogueira do impedimento.

Teve o efeito de uma bomba em Brasília e nas altas rodas petistas a publicação de alguns detalhes do que disse o ex-senador estrelado em delação premiada, ainda não deferida pelo ministro (STF) Teori Zavasky.

A revista IstoÉ divulgou detalhes da delação premiada, que teria 400 páginas. O senador acusou a presidentA Dilma Rousseff e Lula da Silva de saberem de tudo sobre o PROPINODUTO da Petrobras, incluindo a negociação da refinaria de PASADENA, e de atuarem para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário.

O MAIS GRAVE foi o relato de Delcídio de que uma das investidas de Dilma passou pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ, envolvendo a soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo, da Andrade Gutierrez. E deu certo, no STJ, Navarro cumpriu a suposta orientação, mas foi voto vencido.

O teor, ainda que contestado, É GRAVE DEMAIS. ENVOLVE DEFINITIVAMENTE TODA A CÚPULA PETISTA E ATÉ SETORES DA JUSTIÇA EM SEUS MAIS ALTOS ESCALÕES. ESTE BRASIL ARREBENTADO NA ÁREA POLÍTICA E EM QUEDA LIVRE NA ÁREA ECONÔMICA NÃO PODE CONTINUAR NAS MÃOS DE PESSOAS INCONFIÁVEIS, SEM ÉTICA E SEM QUALQUER ESCRÚPULO.