E as reações chegaram à Justiça. Uma delas recebeu acolhimento, determinando a posse de Lula. Trata-se de uma decisão provisória (liminar), que foi assinada pelo juiz da 4ª. Vara Federal Itagiba Catta Preta Neto. O magistrado entendeu que há suspeita de cometimento do crime de responsabilidade por parte de Dilma.
Outra ação foi feita ao STF, pelo PSB, e está nas mãos do ministro Teori Zavascky, que conduz as investigações da Operação Lava Jato. A ação é contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio da Silva na Casa Civil. O PSB pede ainda que, apesar da nomeação de Lula como ministro do Estado, o STF impeça a transferência das investigações contra o ex-presidente para a instância máxima do Judiciário.
Mas as piores reações não foram à posse de Lula, mas as suas falas ao telefone, grampeadas por determinação judicial e liberadas do sigilo por igual determinação. As respostas vieram de diversas partes, a mais contundente, contudo, veio do STF, através do integrante mais antigo da Casa, o ministro Celso de Mello.
Celso Mello foi duro, em nome dele e dos demais ministros do STF, conforme o combinado. O discurso ocorreu logo na abertura da sessão e foi acertado como uma resposta institucional às gravações que mostram Lula afirmando a presidente Dilma que o STF é um tribunal acovardado:
- As "ofensas" e "grosserias" do ex-presidente Lula ao tribunal representam uma reação "torpe e indigna", que é típica de "mentes autocráticas e arrogantes" que temem a prevalência da lei. Condutas criminosas perpetradas à sombra do poder jamais serão toleradas.
IMPEACHMENT SEGUE CURSO
No Ceará o ex-ministro de Lula, CIRO GOMES, agora no PDT e candidato a candidato a presidente, não fez realmente uma defesa do ex-chefe durante um rififi para defender o irmão CID, que discutia com manifestantes contra Lula e Dilma. CIRO esculhambou geral. Confira a íntegra no vídeo a seguir (jornal O Povo): https://www.facebook.com/OPOVOOnline/videos/1021481801222478/
Já na Câmara dos Deputados foram nomeados os 65 integrantes da comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Foram 433 votos a favor. Cada partido indicou os componentes, de acordo com o tamanho da bancada. O PP tinha direito a cinco vagas e indicou Paulo Maluf para uma delas. PODE, SIM.