Na semana decisiva, a Comissão trabalha duro. Planalto vê afastamento.
Há alguns dias não compareço e, por isso peço perdão. É que
fiz uma cirurgia em um olho e fiquei impedido de ver TV ou a tela de um computador.
Bom, mas o que é fato é que nada de novo, realmente novo, aconteceu. No Ceará,
o governador Camilo Santana, do PT, continua inoperante. São Paulo remói a
crise das escolas (merenda e fechamento de salas de aula), o Rio de Janeiro faz
os aposentados pensionistas sofrerem, enquanto que no Brasil saqueado pelo PT e
aliados, a presidentA Dilma insiste no seu ritmo búlgaro-brasileiro de uma nota
só: É GOLPE.
Em verdade, a música nasceu destoante. Foi ficando um monstro
que atravessou na contramão e agora fere o ouvido, ainda que continue como um
mantra para o pessoal sem sintonia da esquerda cega. Há muito foi abolida da
esquerda caviar, que não tolera pancada, entropia.
No Senado, a maioria do pessoal que compõe a Comissão que
aprecia o IMPEACHMENT trabalha com fones de ouvido, enquanto se aproxima
velozmente o dia "D". Esta é a semana decisiva: apresentação nesta
quarta-feira (4/05/16) do parecer do relator, senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG); se for pela admissibilidade do processo de impedimento de mandato da
presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira (6/05/16), está prevista a votação do
relatório pela comissão de senadores. Se a maioria da comissão votar pela
continuidade do processo, a previsão é que o Plenário do Senado vote o
afastamento da presidente no dia 11/05/16.
Só com uma semana no mandato, Dilma não perde a chance de
continuar a golpear a oposição ao anunciar o seu PACOTE DE BONDADE, que inclui,
entre outros benefícios pontuais, 9% de aumento par o pessoal do BOLSA FAMÍLIA.
O que a presidentA e o povo do PT, principalmente Lula, não aceitam é sair do
governo para dar vez à dupla TEMER/CUNHA, que consideram os dois principais
articuladores do IMPEACHMENT.
Não é bem assim. Dilma, Lula e o PT estão sendo apeados do
governo pelo erros e, sobretudo pelo comando negado da corrupção. Não tem mais
como negar que estão envolvidos, por qualquer meio, na pilhagem da Petrobras e de outras instituições vitais para o país,
como os Fundos de Pensão, o sistema elétrico, o BNDES e obras diversas
(construções de estádios e outras obras da Copa de Mundo e obras de infraestrutura,
do PAC ou não). E Lula da Silva, que ganhou dinheiro a rodo "com palestras"
e em seu instituto, como Al Capone, caiu
no miúdo. Tinha dinheiro lavado para comprar diz sítios de Atibaia e mais
de uma dezena de apartamentos de três pisos.
Agora, um determinado quadro realmente é duro de vê-lo
pintado, como os petistas descrevem: com a queda de Dilma, Temer assume, e o
segundo na linha de sucessão passa a ser o presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha, que pode assumir a presidência na viagem de Temer aos Estados Unidos
já prevista para junho-julho/16. E se recuar na linha de quem pode assumir,
nada aparece sem tisna.
Por isso, o Planalto, que vê a aprovação do IMPEACHMENT como
incontornável, prepara o GOLPE final: DILMA RENUNCIA, apresentando antes um
projeto (PEC) de eleições gerais para o dia 02/outubro/2016. O anúncio está
prevista para o dia 06/05, data em que será votado o relatório (do senador
Anastasia) pela comissão de senadores. No pronunciamento, Dilma renunciaria e
conclamaria seu vice, Temer, a tomar igual atitude, deixando ao Congresso o
Papel de convocar novas eleições.