A cara de pau e a mentira continuam sendo as grandes cartas da presidentA Dilma Roysseff (PT), mesmo afastada do governo sob acusação de crime de responsabilidade. Sofrendo restrições no uso de aviões oficiais, a presidente lançou (29/06/16), uma "vaquinha" online para ajudar a financiar suas viagens pelo País, tal qual fez o ex-ministro Zé Dirceu à época do MENSALÃO, quando foi recolhido ao presídio da Papuda.

A campanha tem por objetivo de angariar até R$ 500 mil em doações para que a petista possa participar de eventos contrários ao impeachment pelo País. Os parlamentares petistas e os milhares cargos de confianças que ainda mantém o PT responderam bem e em menos de 4 horas a arrecadação chegou a pouco mais de R$ 40 mil.

A arrecadação é uma perfeita cortina de fumaça e, por isso, o contingente petista ajuda obediente. Mas, em verdade, Dilma Rousseff e os maiores caciques petistas não têm dificuldade para bancar as viagens que a presidentA afastada pretende fazer pelo Brasil.

Qualquer dúvida é só dar uma lida na matéria que a revista IstoÉ publicou (27/06/16) sobre o caixa de presidentA, incluindo conta(s) no exterior. Você vai ver que, em depoimento, Danielle Fonteles, dona da Pepper, afirma que recebeu recursos "por fora", num total de R$ 58 milhões, para abastecer as campanhas de 2010 e 2014, orientada pelo o braço direito da Dilma, Giles Azevedo, uma figura discreta e enigmática que atua nos bastidores e executa todos os negócios e vontades da presidentA afastada.

Por isso, quem recebe instruções do fiel auxiliar da presidente não entende de outra maneira: ele fala na condição de enviado da principal mandatária do País. Foi com essa credencial que Giles se aproximou da publicitária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper Interativa e a orientou a montar a engenharia financeira responsável por abastecer as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 com recursos de empreiteiras do Petrolão e de agências de comunicação e publicidade que prestavam serviço para o governo federal.

Fonteles revelou tudo em seu acordo de delação premiada ainda não homologado. Trata-se de um depoimento explosivo, que sepulta o principal argumento usado até agora por Dilma para se apresentar como vítima de um “golpe” destinado a apeá-la do poder: o de que não haveria envolvimento pessoal seu em malfeitos.

HÁ E MUITO. Foi com parte desses recursos que Dilma bancou despesas da reeleição, principalmente o pagamento a blogs favoráveis ao PT contratados para atuar na guerrilha virtual travada nas redes sociais. O dinheiro, segundo orientação de Giles Azevedo, veio da OAS e da Odebrecht por meio de contratos fictícios ou superestimados. Essa informação consta da delação de Danielle. Coube a Pepper, por exemplo, o pagamento de um pixuleco de R$ 20 mil mensais para o criador do perfil de humor chapa branca “Dilma Bolada”, Jefferson Monteiro. Uma lista contendo o nome de dezenas de jornalistas destinatários da verba repassada pela Pepper foi entregue por Danielle aos investigadores.

Oficialmente, a Pepper foi responsável pela estratégia de internet da campanha da presidente Dilma em 2010. Na reeleição, em 2014, ficou encarregada de produzir as páginas da candidata do PT no Facebook e Twitter. Pelo trabalho, recebeu R$ 530 mil por mês.