São poucos os homens que resistem aos acenos do poder. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, não está entre esses poucos. Por duas vezes lhe faltou coragem, não desejo e volúpia de ir em busca do poder que chegava montado em sua porta. Bastava-lhe derrubar o cavaleiro mal assentado. Na primeira vez, a ação foi tímida. Na segunda, atuou com mais desenvoltura, mas ainda assim não teve a coragem de assumir uma posição decisiva. Temia os riscos. De qualquer modo, ainda que não tenha sido seu objetivo, conquistou uma posição privilegiada na estrutura de poder: tornou-se necessário ao Governo, que poderá muito pouco sem ele.