O STF, mesmo que na beira da divisão, fez justiça ao Brasil. Na derrota de Lula não deve haver comemoração, mas sim tristeza. Se ele tivesse logrado a vitória, claro que o Brasil seria o perdedor daquilo que lhe é mais caro: a impunidade. Felizmente, a ministra Rosa Weber soube crescer e votar com a verdade, com a justiça, preservando as instituições e o Estado de Direito, a democracia. Mais triste ainda para o país e para os brasileiros é saber que o SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA tem ministros que ali não merecem e tampouco tem preparo e pundonor para estar. Não foi o voto, mas a postura de desafio, a argumentação descabida e a depreciação da própria instituição que servem.

Lula da Silva é apenas um esperto que se serviu e foi útil a um grupo de sabidos. Agora, descoberto e processado, Lula vê o cerco judicial ser apertado e só pode contar com uns poucos privilegiados que lhe fizeram a corte e com algumas centenas de soldados institucionalizados. O seu conhecido jogo de palavras e de cena cansou. O xadrez emite um chamado excruciante. Sobra somente a tristeza de um país que viu um dos seus mandatários mais aprovados (houve um momento certo e uma situação adequada, não tão bem aproveitada) afundar na lama, deixando um rastro de sujeira que lhe conspurca a imagem.