O jornal dos vocativos e dos agradecimentos (Bom Dia Ceará) agora tem mais tempo para irritar as pessoas que estão ligadas na emissora que o veicula. E haja matérias repetidas, algumas ruins e sem importância, e falas tolas do apresentador e da apresentadora. Alguém no sistema, que dirige os jornais da casa, precisa ter atenção ou respeitar as pessoas que assistem dito noticioso. A dupla que conduz o jornal exagera no ufanismo, mas o que fere mais o ouvido são os vocativos e os cumprimentos desnecessários. O apresentador, em seu paletó cinturado, gosta de falar e “você aí meu amigo” (e a minha amiga?) ou solta um o “oi pessoal”, no modelo que usa o “gracinha” (sem graça) do Tadeu Schmidt, e segue enviando cumprimentos e lembranças para todas as pessoas de todas a cidades e até para os romeiros. O uso do “oi pessoal” já contaminou até a apresentadora, que antes não falava tal agressão para quem está em casa. Sim, contaminou também alguns dos comentaristas ou repórteres que são chamados. Pior, é que ora ele usa tais vocativos, mas quando vai fazer chamada da TV usa o VOCÊ e nem se toca.
Vou repetir, o tratamento é VOCÊ. Não é VOCÊS, não é PESSOAL ou GALERA ou MEU AMIGO. O meio (não importa quantas pessoas estejam vendo e ouvindo) individualiza. É como se você estivesse falando para cada uma pessoa que está em casa vendo a TV. EU NÃO SOU GALERA, NÃO SOU “SEU AMIGO”, NÃO SOU PESSOAL. O uso do vocativo é UMA MULETA DO JORNALISMO usada para conferir coloquialidade. Irrita mais do que funciona. Vale mais ainda para a mídia da Internet.