Sempre foi claro, mas só agora aparece com mais nitidez, talvez em razão do momento bicudo: quem mais prejudica a oferta de vaga para o trabalhador brasileiro é, justamente, quem deveria ser o seu principal defensor – a dita justiça trabalhista. 

Guindados à condição de julgadores, alguns servidores confundiram tudo, caíram (com as exceções, é claro) na lama da corrupção, do compadrio, no empreguismo e no nepotismo, montados em regras que apenam as empresas em qualquer divergência com os seus empregados. O quadro é tão doloroso que tornaram a contratação de funcionários uma das atividades mais arriscadas do mundo empresarial de hoje. Oferecer trabalho só mesmo em último caso.

Basta um "trabalhador" arranjar duas testemunhas e denunciar um patrão (empresa). A justiça (?) logo dá razão ao denunciante, para tristeza do empresário denunciado e alegria do "trabalhador" e advogado. É cruel e vergonhoso. Uma "justiça" que não precisa existir. Para ser morosa e ruim, basta uma Justiça.