Não precisa falar no gordo salário de ex-presidente da República que ele recebe.
SOBRE O ANISTIADO
Como metalúrgico e como sindicalista, Lula da Silva nunca teve qualquer ligação com a ação revolucionária comunista no Brasil, que transcorreu entre 1967 e 1974, ainda que as raízes ideológicas do movimento remontem ao início dos anos 1960. Ele quase nada sabia de guerrilha do Araguaia ou conhecia os seus integrantes, a não ser, alguns anos depois, José Genoíno (codinome Geraldo), de uma controvertida história na luta, que se filou ao PT. Todas as 71 pessoas que atuaram na guerrilha eram vinculados ao PC do B, partido revolucionário dissidente do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), e seguiam a linha estratégica maoísta, de Mao Tsé-Tung, após a Segunda Guerra Mundial. Lula sabia menos ainda que o objetivo dessa guerrilha era instaurar um estado de “guerra popular prolongada” na região Norte do Brasil e, a partir disso, tentar tomar o poder no país, conforma narram alguns historiadores.
SOBRE AS PRISÕES
A primeira prisão de Lula ocorreu no dia 19 de abril de 1980. Ele e mais 12 pessoas do movimento sindical, entre eles os advogados Dalmo Dallari e José Carlos Dias. Lula da Silva ficou no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), do delegado Romeu Tuma, por 31 dias, sob o argumento de que ele estava liderando o movimento dos metalúrgicos. O Superior Tribunal Militar (STM) anulou o processo, em seguida, fazendo com que todos detidos fossem liberados. Sobre a prisão em abordagem, Romeu Tuma Júnior (ex-deputado federal e filho do ex-senador e delegado da DOPS, Romeu Tuma) diz, no livro “Assassinato de reputações”, publicado em março de 2016, que Lula da Silva era informante especial do DOPS e que usava o codinome “Barba”.
A segunda prisão de Lula (dia 07 de abril de 2018) foi por condenação, em segunda instância, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Permaneceu no xadrez (especial, na sede da PF) por 580 dias. No dia 8 de novembro de 2019, um dia após o STF (ministro Edson Fachin) ter considerado a prisão em segunda instância inconstitucional, foi solto (não foi inocentado: o mérito pode ainda ser julgado).