Policial Endrigo (PRF) cismou porque o idoso, de 70 anos, que ia no carro, com motorista, não atendeu prontamente as batidas na janela. Só na terceira batida, aí já quase quebrando o vidro do lado do passageiro, o vidro foi baixado e, cortando o que idoso quis falar sobre a demora para baixar o vidro, o policial Endrigo disse bem claro que só pelo atraso no licenciamento e algumas multas “iria dispensar, mas que “agora vou arranjar qualquer motivo para apreender e recolher o seu carro ao depósito”. O idoso só respondeu, com a dignidade possível, que ele (PRF) poderia “fazer o que quisesse”. O PRF rodeou o carro e fixou-se nos pneus, qualificando-os como desgastados (atingiu o indicador de TW1), "sem condições de oferecer a mínima segurança".
Em seguida, ele chamou o reboque e mandou recolher o carro do idoso, que ficou em pleno sol das 11 horas na BR-116, em companhia do motorista, a espera de um parente, que prometeu pegá-lo. Era antevéspera de Natal (2021).
A situação dos pneus não eram a que o policial colocou no auto de apreensão. Os dois traseiros estavam menos de meia vida e os dianteiros eram seminovos. No dia em que o idoso foi resgatar o carro, o próprio servidor do depósito falou, reservadamente, que os pneus, especialmente os dianteiros, estavam bons, com plenas condições de uso. Por que ele fez isso? Pergunta sem resposta.
A retirada do carro é um trabalho insano. O proprietário compra os 4 pneus, apresenta-os no depósito e só então é orientado a arranjar um borracheiro para fazer a troca. Não pode colocar descanso no carro. Coloca o reserva, tira o pneu e o leva a oficina do borracheiro para colocar no aro e enchê-lo. Depois volta ao depósito, coloca no lugar e repete a mesma operação nos outros 3 pneus, um a um. Uma providência acompanhada que demora dois dias. São mais de quatro horas para troca dos pneus, afora outras quatro horas de espera para a liberação.
A prepotência é um mal desgraçado.