Sobre post O MAL DA PREPOTÊNCIA DAS AUTORIDADES, recebi diversas sugestões de abordagens para que o assunto continuasse, por se tratar de uma denúncia pertinente, que deveria ser averiguada. A principal, com pedido de reserva, como quase todas, aproveito alguns pontos, começando por uma indagação.

Quem autorizou e por que a indiscriminada, bruta, irresponsável e ensandecida fiscalização das rodovias federais pela PRF, notadamente, no final de ano e início de 2022? Os PRFs vêm apreendendo e guinchando veículos (carros e motos), deixando condutores e passageiros em lugares ermos, desabitados, sem alcance sequer do sinal de telefonia, a qualquer hora do dia e da noite, mesmo com crianças, mulheres e idosos a bordo, largados longe de lugares minimamente seguros para um contato, espera, carona ou o que o valha! Uma situação temerária, certamente.

Os depósitos de carros apreendidos, que são terceirizados, estão abarrotados. Quem mais ganha com isso? É necessária uma investigação. Um deputado federal poderia reduzir um pouco a sangria desnecessária (e o excessivo aborrecimento burocrático) no bolso dos proprietários de motos e carros, incluindo na lei, se já não existe, uma tolerância para que pneus sejam trocados, taxas e multas pagas. Se passado o prazo estabelecido e o motorista ou proprietário não se apresentasse com as quitações, outra multa incidiria e o carro poderia, então, ser apreendido.

Os PRFs, como sugerem alguns reclamantes, deveriam ter a mesma coragem e disposição para suprirem a falta de sinalização e a ocorrência de buracos nas rodovias. De sobra, sugerem outros, poderiam também ter a marra de dar uma passada no “miolo” do território das facções que controlam trechos de corredores em Itaitinga, Chorozinho, Russas, Tabuleiro etc.

Os reclamantes que me escreveram terminam dizendo que nada explica a hostilidade e a grosseria gratuita no trato com o público. Inabilidade e falta de empatia com o cidadão, em plena zona urbana, na BR-116, e na BR-020, próximo à Canindé. Por exemplo, romeiros abandonados, às margens da pista, é só o que se presencia. Operação pente-fino tresloucada, sem critérios, persecutória, pra cima dos mais humildes, claro. É só traçar um perfil das autuações e apreensões. A propósito, experimenta ligar, um dia, para a sede da PRF no Ceará! Sentirás a “gentileza, presteza e amabilidade” do atendimento telefônico, logo de cara. Pra frente, Brasil!