Novos capítulos e narrativas um pouco diferentes na apuração da execução do advogado Francisco Di Angellis de Morais. O empresário Ernesto Barroso, que cedeu a uma chantagem de 800 mil reais (a pedida era de um milhão e meio de reais), é acusado de ter contratado os executores (já presos). Ele nega, como também nega qualquer envolvimento o deputado Júnior Mano, citado nas movimentações de chantagem com dinheiro de emendas parlamentares para obras nos municípios cearenses.
A propina com o dinheiro das emendas parlamentares é ANTIGA. Já houve um escândalo sobre o mesmo tema, em 1993, na CPI dos Anões do Orçamento. Foram investigados 37 parlamentares por suposto envolvimento em esquemas de fraudes na Comissão de Orçamento do Congresso Nacional. O relatório final da CPI pediu a cassação de 18 parlamentares, mas apenas seis perderam seus mandatos. Mas há deputado que é usuário tão constante do esquema que é conhecido como “vintinho”. Outros, mas afoitos, são conhecidos como “trintinha”, por razões óbvias, ou porque são adeptos da religião que de tudo tira UM TERÇO.
De todo modo, apuração do caso atual continua. Há mais alguns implicados que estão ainda anônimos ou foram citados poucas vezes. A ramificação desses casos é extensa: um advogado só e de pouco reconhecimento não entra num esquema desses sozinho.