A máfia do atestado faz até anúncio de venda, a tanto a impunidade permite

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/02/16/grupos-nas-redes-sociais-oferecem-atestados-medicos-falsos-promocao-covid-7-dias-130-reais.ghtml

Sob a liderança do mutreteiro maior, o Brasil, impune e dando exemplo de enganação, segue burlando descaradamente as leis – e já fazendo até propaganda disso. Aí, há, ainda, algumas pessoas achando ruim porque o ex-presidente Bolsonaro disse, em um site português, que o Brasil vive uma ditadura – e a pior ditadura do mundo, porque não há a quem recorrer.
São tão claras as ações atropelando a CONSTITUIÇÃO e a sociedade que causa asco quando os integrantes dos poderes aliados colocam no discurso trechos em que destacam, sem corar, o “respeito ao ESTADO DE DIREITO E A DEMOCRACIA”.

Quanta desfaçatez; nenhum artigo foi tão rasgado quanto o 220 (e todos os seus parágrafos e incisos) da CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. É só comparar os fatos e as decisões do STF, passando por cima de todas as instâncias, do próprio regimento interno e da vilipendiada Constituição. São exemplos a levar em conta (entre tantos), o inquérito do fim do mundo (inquérito das fake News), que o ministro Marco Aurélio (aposentado) considerou ilegal e fez duras críticas ao processo por "não observar o sistema democrático". Agora mesmo o ministro Alexandre prorrogou tudo por mais um ano. Há que se falar também das prisões e julgamentos de pessoas envolvidas no 8 de janeiro/23. Alguns estão há um ano nos presídios, sem culpa formada, sem denúncia e sem processo formal, com a participação do MP). E, mais imoral ainda, abstendo-se outros casos, as decisões do supremo Dias Toffoli sobre as multas dos acordos de leniência da Odebrecht e da J&F (foi JBS), que, juntas, ultrapassam os R$ 19 bi. A PGR já entrou com recurso contra a decisão.

O jornal Estadão fez editorial desancando a decisão:

“Dias Toffoli, convém lembrar, foi citado como sendo o “amigo do amigo de meu pai” em manifestação enviada por Marcelo Odebrecht à Polícia Federal, em referência ao presidente Lula da Silva e ao pai do empresário, Emílio Odebrecht. Não bastasse isso, a mulher do ministro, Roberta Rangel, é advogada do Grupo J&F.

O conflito de interesses, como se vê, é clamoroso. Ainda mais escandaloso, porém, é o estado de letargia dos pares do ministro Dias Toffoli no STF, que assistem a esse assalto monocrático a tudo o que há de minimamente ético e republicano no exercício do múnus público em nome de interesses para lá de obscuros”.

Ministro, não tenha raiva de Rui Barbosa. Se for com a democracia, como os ministros, incluso o senhor, e o governo tanto falam, só pode ser assim: “Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei não há salvação”.