Quem disso usa, disso acusa. Cid Gomes (governador-CE), desde a campanha de sua primeira eleição não fez outra coisa do que usar a violência como discurso, e, exatamente por isso, ele diz o que disse. Esperto como é, Cid entende que o discurso “eleitoral” da segurança (aproveitado do discurso que Moroni criou em suas campanhas à prefeitura de Fortaleza) que ele usou até agora, não mais prospera: está esgotado e inservível. Voltou-se contra ele, constituindo-se na maior arma da oposição. O uso “eleitoreiro”, como Cid Gomes mesmo denomina, vai continuar a ser feito, e agora por seus adversários. Mas, senhor governador, não é o "uso eleitoreiro" da Segurança que "cria medo na sociedade": são as pessoas vítimas da violência todo dia, que valeu o título – nada lisonjeiro – que Fortaleza recebeu (agora conferido pela ONU) de a sétima “cidade mais violenta do mundo”.


Negar tudo não é correto e não conduz a qualquer resultado positivo, do mesmo modo que o novo VT do PSDB, resgatando um passado remoto – que ninguém lembra –, da época em que governou o Ceará, não está correto. É do PSDB, também, a culpa pelo estágio grave de insegurança que vive o Ceará (e o Brasil). Jereissati, parece afetado pelo alemão, pois só quer resgatar a memória do passado que hoje não tem a menor importância. A realidade e a necessidade do povo são outras. Tentar fazer as pessoas recordarem de que o Ceará, não sei quanto, mas à época em TJ foi governador, reduziu a mortalidade infantil é besteira demais – que nem deveria preocupar o clã, pois foi mostrando essas recordações, que não têm mais sentido hoje, que Jereissati perdeu a eleição para o Senado, contra Eunício e José Pimentel. Foi na época de TJ que foi feito o novo terminal do Aeroporto Pinto Martins, e o que vale isso hoje? Nada. O aeroporto vive uma lenta e desastrada reforma e terá de usar um “puxadinho” para suportar o aumento de passageiros. É disso que o povo quer saber.