E as pesquisas continuam dando as pistas da campanha eleitoral
que terá início logo depois das convenções – até o final de junho e da Copa. No
Ceará, o quadro não se altera, com o provável candidato do PMDB, Eunício
Oliveira, em seu estilo vacilante, que Roberto Pessoa o pretenso candidato do
PR, define como modelo que “nem fede e nem cheira”. O Governador Cid Gomes (Pros)
diz uma sandice atrás de outra, em busca de um melhor espaço para realçar seu
time de campeonato de terceira divisão, enquanto a oposição, que vez por outra
tem o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) como líder, como agora é o caso, diz
muito pouco e faz besteira, querendo resgatar, possuído por um saudosismo
extemporâneo, um passado que mais nada significa.
Nesse quadro mambembe, sobra Roberto Pessoa, tentando
incendiar a planície estéril, e a imberbe Nicole Barbosa(PSB), com potencial
contido em nome de uma pretendida aliança, que não se concretizará. Ela, mais
ainda o seu partido, e Roberto Pessoa temem ir para a campanha sem qualquer
aliança que possa aumentar o reduzido tempo de TV que têm direito. No quadro
que se desenha, só o grupo do clã Gomes será latifundiário do tempo de TV e
rádio, resultado da miríade de partidos (incluindo o PT) que controla. O PMDB,
ficando só, terá um tempo discreto. No limbo estão DEM, PSDB, PPS (uma parte
vendido ao Pros) e PCdoB, que tempo de TV e rádio semelhante ao PSB. No ponto
em que estão, os que o candidatos/partidos procuram, mais do que afinidade “ideológica”,
é tempo na mídia eletrônica. Claro que a estrutura partidária e o dinheiro
também são importantes, mas para os candidatos com baixo conhecimento, como
Nicole (mais) e Roberto (menos) a mídia eletrônica é decisiva.