Se havia divergência acabou. Se havia dúvida não existe mais. Marina Silva (PSB), ao atingir 29 pontos percentuais na pesquisa do Ibope, ficando a cinco pontos de Dilma Rousseff (PT) e colocando 10 de dianteira contra Aécio Neves (PSDB), agora É UNANIMIDADE, pelo menos entre os plantonistas da oportunidade. Duvido muito que o candidato do PMDB, Eunício Oliveira, volte a insistir no apoio de Dilma e muito menos que ele fale de Aécio. Já o clã Gomes, que patrocina a campanha do petista Camilo Santana, tem de marchar com Dilma até o final, mas não deixa de sentir um amargo arrependimento em ter rompido com Eduardo Campos e deixado o PSB para o rabugento Sérgio Novais.

Já os plantonistas da oportunidade, que se reúnem em grupo que mal se autorrotula de Sociedade Civil, não tem essas peias e tampouco muitos pruridos, mas que já estão se mexendo e ganhando espaço na mídia. São aqueles que se dizem representantes da sociedade civil e de partidos da coligação nacional "Unidos pelo Brasil" e, também, parte da base de Marina Silva (PSB/Rede) no Ceará, que se encontrava dividida, sinaliza agora uma aproximação em torno da defesa de sua candidatura à Presidência. Não há mais problema. Até Nicolle Barbosa, ex-candidata ao Governo do Estado pelo PSB, que foi preterida à disputa no dia da convenção do partido (30 de junho/2014), está no barco da dita sociedade civil, embora não seja mais do PSB, pois deixou o partido após levar a rasteira dos Novais.


Também estão no grupão de apoio a Marina Silva os representantes dos partidos que compõem a coligação nacional da presidenciável (PSB/Rede, PPS, PPL, PRP, PSL e PHS), não importando se antes já haviam manifestado apoio “a” ou “b”. E é o presidente do PPS estadual, Alexandre Pereira, que até ontem era secretário de Cid Gomes e, em reunião no CIC, manifestou apoio a Eunício Oliveira, a normatizar o grupo. “O movimento não tem dono. As tarefas serão divididas entre os partidos e membros”. Depois, foram definidas algumas atribuições, como a articulação política no interior do estado, que coube ao PPS; a distribuição de material, responsabilidade do PPL, e a discussão com a sociedade civil, papel de Nicolle.

Ninguém fala, mas, em verdade, parece que o grupo surgiu para suprir a incapacidade da candidata do PSB, Eliane Novais, de dar dimensão ao trabalho como agora exige a campanha de Marina. Desse modo, o comitê pretende realizar sua própria agenda independente. “Estamos programando por enquanto um encontro de Marina com estudantes universitários e outro com o setor produtivo. Esse comitê proporcionará para ela uma abrangência muito maior do que a abrangência do PSB local”, disse Alexandre Pereira, assumindo também o papel de porta-voz do grupo.