Eita que a briga judicial já começou. No primeiro round, o candidato do PMDB, Eunício Oliveira, levou vantagem e conseguiu uma liminar que proíbe Cid Gomes (Pros), o secretário da Saúde, Ciro Gomes (Pros), o candidato Camilo Santana (PT) e os demais integrantes da coligação “Para o Ceará Seguir Mudando” de proferir ofensas contra ele Eunício). A decisão é liminar e cabe recurso, que ainda não foi interposto porque o clã ainda não foi notificado da decisão, mas imagina de Ciro Gomes, precisamente, vai se conformar em ficar de boa fechada. Em cima da decisão judicial cabe um pergunta: será que a decisão tem algum grau de reciprocidade? Ou seja, o clã Gomes não pode atacar, mas poderá ser atacado pelo pessoal da coligação que sustenta a candidatura do senador Eunício Oliveira?
A campanha é fraca e fraca também é, ainda que eu não possa dizer descabida, a decisão judicial que proíbe unilateralmente a agressão. Não tem sentido uma campanha sem que se possa estabelecer o contraditório. Entendo que proibir ataques a quem quer que seja é um exercício de censura antecipada. Ora, a lei tem força decisória para impor o direito de resposta ou mesmo de estabelecer condenações a quem cometer crimes de injúria, calúnia ou difamação. Que seja apenado e tenha sua pena agravada na reincidência, mas que nunca se tenha como artifício a censura prévia, que pune o povo e não o infrator e poupa o acusado, que bem pode ser culpado.