O secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, irmão do governador Cid Gomes, gosta de atirar e o faz, quase sempre com um equipamento giratório, atingindo a diversos adversários de uma só vez. Da última vez, a título de atingir ao candidato adversário de Camilo Santana (PT) ao governo do Estado, o senador e bem sucedido empresário da segurança privada (e outros negócios de terceirização de mão de obra), Eunício Oliveira, Ciro pegou também o empresário dos consignados, Mário Feitoza, que ficou na suplência de deputado Federal, mas foi efetivado. Ciro, conforme está na mídia fez um ataque direto ao deputado, qualificando-o como um “deputado ladrão” e afirmando se tratar de “um dos maiores pilantras, corruptores da vida pública cearense”.

Ciro acusou, ainda, Mário Feitoza de estar envolvido com o "escândalo dos consignados". As declarações de Ciro vieram logo após o prefeito de Aquiraz, Antonio Fernando Guimarães (PROS), anunciar seu apoio à campanha de Eunício Oliveira (PMDB), deixando, em consequência, a campanha do petista Camilo Santana. Para o irmão do governador Cid Gomes, Mário teria "comprado" o apoio de Fernando. Mesmo sendo Mário Feitoza um explorador dos empréstimos consignados, é interessante que Ciro fale disso. E quase como falar de corda em casa de enforcado, pois há um caso (de consignado) denunciado no governo de seu irmão (com apuração em curso), no qual teria envolvimento o próprio secretário Arialdo Pinho e parentes dele.

De qualquer modo, que se estabeleça a troca de acusações, pois quem ganha é a sociedade, que passa a conhecer quem é desonesto e a cobrar apuração dos fatos. O caso denunciado por Ciro Gomes, no entanto, virou um caso aberto de homofobia. Refiro-me à resposta do deputado Mário Feitoza, também chegado a uma gabolice, que chegou no formato de um vídeo. Vou anexar para que você veja, mas considerei a resposta de mau gosto e homofóbica.