Agora entendo porque nunca gostei da produção do teólogo Leonardo Boff. É que ele não tem senso de oportunidade e coerência de atos. Flutua à luz do que lhe chega, sem se aprofundar nas razões ou na falta delas. Não tem nada demais, e nem precisa explicar que está votando em A ou em B na atual campanha e muito menos quem ele escolheu na eleição passada. É foro íntimo.

Se não quero saber em quem Boff vota, menos ainda interessam a mim os seus argumentos explicativos, como se ele precisasse explicar. Mas o teólogo faz questão de manifestar sua decisão e de dizer o que pensa da candidata que apoia e da que não apoia. Parece até que algo incomoda seu interior. Deveria, então, procurar um padre para fazer uma confissão. Agora, dizer que Marina não tem seu voto porque ela não traz nada de novo. “Apenas reproduz as grandes teses do neoliberalismo”. Ficou meio fora de tom. Foi missão, foi?