A queda de braça eleitoral que passou a existir na disputa presidencial entre as candidatas Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) chegou ao segundo “round” registrando um empate. Desde que passou a ser a candidata, substituindo a Eduardo Campos, a ambientalista fez um primeiro “round” primoroso, fazendo o PSB saltar de 8 para 34%, empatando com a presidenta/candidata. Passados menos de 15 dias, o “round”, ainda que com ares de empate, foi da petista, estabelecendo a reação absolutamente na força da máquina pública, midiática e partidária, como sempre temos destacado aqui.
Poderia desse modo, dizer que a heroína é a presidenta/candidata, mas considero injusta a afirmação. A heroína mesmo é a candidata Marina da Silva, que se intimidou um pouco, levando junto seu eleitorado, diante o argumento do medo. Quando reagiu, o mal já estava espalhado. Mas a performance de Marina é tão firme que o mal do “medo” só foi suficiente para conter o ímpeto (do crescimento, também) e não parra derrubar. Marina resistiu ao bólido que lhe atingiu e manteve a posição.
O medo a que me referi acima foi o conjunto de suspeições que Dilma e seu time soltaram de que Marina não tinha preparo para enfrentar o grande desafio de administrar o Brasil. O governador do Ceará, Cid Gomes, fez parte do time e espalhou na mídia que temia que Marina, se eleita, não terminasse o governo, citando Collor de Mello (que foi objeto de um impeachment) como exemplo.
Passada a demonstração de vigor da candidata que tem a força (She Ha), Marina Silva, se realinhar o discurso e o equilíbrio pode retomar um pouco do ímpeto, principalmente se for poupada (ou mesmo auxiliada) pelo candidato tucano Aécio Neves, que parece completamente batido. Os eleitores de Marina e Aécio têm uma grande área de interseção; digladiando-se perdem, mas trabalhando juntos somam. O alvo de Aécio é Dilma.