Que não pense o candidato ao governo do Ceará, Camilo Santana (do PT do clã Gomes) que está com a bola toda e com o carro subindo a ladeira da vitória sem qualquer obstáculo. Até agora não foi bem dele o mérito do crescimento – e o próprio governador e padrinho da campanha dele, Cid Gomes, disse isso com todas as letras. Os pouco mais de 30% é a decorrência da grande estrutura da máquina do governo e partidária. Daqui pra frente é que a responsabilidade é dele – e do marketing. Então, menos comemoração e mais dedicação – para parecer mais humilde e simpático.

O mesmo cuidado deve ter o candidato peemedebista, Eunício Oliveira e sua atuação artística piegas de personagem do “gente que faz”. Perdeu a maior parte da gordura que tinha por ser o mais conhecido e com mais presença na mídia. Chegou o momento do pé no chão. É quase como se a campanha de verdade começasse agora. Tem de melhorar muito no conteúdo e na forma. O modelo de programa de dramas sociais, misturado com narrações da trajetória do homem de sucesso não cola mais. Pé no chão e propostas sérias e não coisinhas arrumadas.

Na segurança, nenhum candidato tem realmente uma proposta. É só o “melhorar a segurança”, aumentando o Batalhão Raio e contratando mais policiais. Não resolve. Da mesma forma, também não resolve dizer que o Ronda não funcionou. Todo mundo sabe que o Ronda só engordou os policiais e as contas do governo, pagas com o erário.

Dos dois outros candidatos ao governo do Ceará, Eliane Novais (PSB) e Aílton Lopes (PSOL) pouco se espera. Estão cumprindo o regulamento.