Interessante e surpreendente como o PT, a presidenta/candidata Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula da Silva e quase a unanimidade dos petistas ficaram satisfeitos quando os dois ladrões em delação premiada, Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) e o doleiro Alberto Youssef (é Youssef), citaram dois tucanos como envolvidos no escândalo das propinas da Petrobras - sem esquecer que a subsidiária Transpetro, através de Sérgio Machado, também andou fazendo contribuições ao caixa da propina. Foi uma confirmação de igualdade: viu, somos todos ladrões! Foi como se estivesse tudo certo: tudo bem, fizemos o caixa da propina, mas vocês também receberam!

É uma vergonha que o PT e seus maiores expoentes, incluindo a presidenta desta república, fiquem satisfeitos com esse nivelamento inferior. Não importa que um partido tenha um, dois ou uma centena de corruptos, afinal, todos têm. O que é realmente importa é a providência. Se setores da direção do PT está mergulhada na lama da propina, no plano de predominância do grupo, a resultante de tudo isso é perigosa para a democracia. E, preste atenção, não é a primeira vez que plano dessa natureza esbarra em denúncias. O mensalão, que igualmente tinha esse objetivo, resultou em cadeia para muitos dos petistas estrelados. Tenho em conta, por tudo isso, que a alternância de poder é o princípio mais importante da democracia.

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