Alguns petistas coroados, como o governador da Bahia Jaques
Wagner, que conseguiu eleger no primeiro turno o seu sucessor, Rui Costa, e
outros imbecis, como o deputado federal reeleito do Ceará José Guimarães (o
conhecido Cuecão), querem à fina força controlar a imprensa para não divulgar o
roubo que setores do partido deles fazem ou patrocinam, sob a chefia cega do
ex-presidente Lula da Silva. E, por último, Wagner, que tem fama de
estrategista, saiu com uma ideia de que (ele)está sendo pregada uma onda de ódio contra o PT de Dilma e
Lula, que está esquartejando o Brasil. Não vejo esse ódio que o sedicioso
petista fala, mas se houvesse seria fruto da própria política de ódio e de
discriminação que o PT prega, sobretudo seu presidente de honra Lula da Silva.
Como bom aprendiz de feiticeiro, Jaques Wagner segue a
trilha do mestre tentando arranjar um vilão para ancorar a campanha de Dilma
Rousseff. Mas, acho que você lembra das frases
e atitudes violentas e discriminatórias de Lula da Silva. Veja resumo:
Referindo-se aos protestos de
2013 e contra a realização da Copa do Mundo e vaias a Dilma na abertura do Mundial.
- O Brasil vive "o risco de ter uma
campanha violenta" e atribuiu à "elite brasileira" o "ódio
da classe média".
- As vaias
foram um ato de cretinice com o povo brasileiro.
Lula incitando a violência em
defesa de Dilma.
- A nossa militância tem que estar
preparada. 'Nêgo' falou meia palavra temos que devolver uma palavra inteira.
- Se ofenderem a Dilma, estão ofendendo
a cada um de nós. A briga é nossa e não é dela. Ela é apenas porta-voz.
De Lula, o presidentO que mais beneficiou
banqueiros e empreiteiras na história da República, sobre a crise econômica mundial.
- Os “brancos de olhos azuis” são os responsáveis pela crise econômica
mundial. (Esta frase, segundo alguns colunistas, como Ricardo Setti, fez
os brasileiros colarem na testa sua suposta origem racial, pela primeira vez na
história, ao instituir a política de quotas, que sistematicamente dividiu os
brasileiros ao longo de 8 anos de governo entre “nós” e “eles” — culpando a
oposição e a imprensa por criar um suposto “ódio de classes”).
Para despertar o ódio e a luta de classe.
- A elite brasileira está conseguindo fazer o que nunca conseguimos: despertar
o ódio de classes. (Esta frase de Lula esconde, como sempre, a verdade.
É Lula e seus apaniguados que protege os “movimentos sociais”, muitos deles
violentos e baderneiros, como o MST ou os diferentes movimentos de sem-teto,
que pregam abertamente a luta de classes como forma de chegar ao poder).
Você também ainda lembra da famosa frase que o prisioneiro
petista Zé Dirceu, inspirado no chefe, disse — já com o governador de São Paulo
Mário Covas morrendo de câncer — em maio de 2000.
- Vamos bater nos tucanos “nas ruas e nas urnas”.
No resumo da ópera, não dá para esse cidadão sedicioso (Jaques Wagner) falar
em campanha de "ódio" contra o PT, pois é exatamente o que o PT sempre
faz. Está bem viva na memória a campanha de "linchamento" moral
contra a candidata Marina Silva (PSB), primeiro turno da atual eleição, no momento
em que ela empatou nas intenções de voto com Dilma Rousseff. O PT sempre
usou o ódio, o acirramento para tentar vencer pela polarização (evita que
outros entrem para dividir) as disputas que teve de enfrentar, e o estilo se
espalhou pelo Brasil. Em diversos estados, aprendizes petistas aplicaram o
modelo, que deu certo por algum tempo. No Ceará, Luizianne Lins aprendeu bem.
Por duas vezes, ela venceu a eleição à Prefeitura de Fortaleza pregando o ódio
e gritando que ela era a vítima. Na atual eleição, ela tentou repetir o jogo,
escolhendo o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), como alvo. Fracassou. Ficou
na rabeira entre os eleitos para a Câmara Federal e só conseguiu eleger um dos
aliados e mesmo assim se arrastando, como cobra.
A FORÇA DO APARELHAMENTO NA MÁQUINA PÚBLICA
Nunca considerei - e nem disse - que o PT não acertou em
todas as coisas que fez no governo, que já dura 12 anos. Acertou em muitas. Mas dois
itens negativos são mais graves: o aparelhamento da máquina publica e a licenciosidade
pregada e praticada pelo líder maior do partido, Lula da Silva. Dilma terá de
rezar menos preces para pagar o pecado de tal descomedimento, mas seguiu a
cartilha programática no aparelhamento e tem outros defeitos graves: tem pouco
diálogo e é incompetente em alguns setores - na economia, por exemplo. Está
desconstruindo o modelo de controle da economia brasileira, que perdura há mais
de 20 anos, carregando teimosamente um ministro (Guido Mantega)
reconhecidamente incompetente e sem respeito na comunidade.
Mas essa desídia relativa à economia inexiste na aparelhada máquina
pública, que até extrapola e passa por cima de preceitos legais. São os
"aloprados", como qualifica o ex-presidente Lula. Sabem comprar e
dinheiro não falta para pagar. Basta ver as "minas" sem fundo construídas
por Zé Dirceu, no mensalão I, e Paulo Roberto Costa (o Paulinho de Lula), Nestor
Cerveró (Refinaria de Pasadena), outros diretores da Petrobras, o presidente da Transpetro
Sergio Machado, no mensalão II, sem falar em outros esforços feitos nos fundos
de pensão e até no caso Rosemary Noronha.
E quando o poder é muito, o "desconfiômetro" fica
ligado. Não sei se você acha, mas a mim estranha o choque de números entre a
pesquisa do pesquisa Vox Populi (13/10/140), divulgada no Jornal da Record
(Dilma 45 - Aécio 44%), e a do IstoÉ/Sensus (12/10/14), que colocava o candidato
Aécio Neves com 58,8% contra 41,2% de Dilma, portanto com 17 pontos à frente nas
intenções de voto para o segundo turno. Só as urnas vão tirar a prova.
NO CEARÁ SEM ALTERNATIVA
O segundo turno entre Camilo Santana (PT do clã) e Eunício
Oliveira (PMDB) segue em "banho-maria".
Não esfria e nem esquenta. Ataques sem um conteúdo contundente e respostas que
nada acrescentam. Propostas iguais em quase tudo e falas olhando de soslaio,
que não passam sinceridade - até nisso são iguais. Se pudesse haver empate
seria este o resultado mais justo. Mas um tem de ganhar e o mérito pouco
influirá. Veja que sou do ramo, mas nunca tive tanta dificuldade em assistir os
programas de TV e comerciais. Os programas, de 10 minutos cada, são ruins e de
baixa qualidade. Não esmero, não há acabamento (pós-edição). E as inserções comerciais não despertam atenção.
Acredito que há
pesquisa interna para justificar as repetições exaustivas, principalmente sobre a vida e obra dos dois
candidatos. E Eunício já tem 98% de conhecimento e Camilo, um pouco menos, 94%.
Até os depoimentos, que a gente sabe (encomenda) como são feitos, são
sofríveis. Conheço a maioria dos que fazem a TV de um lado e do outro e sei que
poderia sair coisa melhor. Bater, não é novidade que eles não saibam. Poucos
sabem. Até o marqueteiro da Dilma está fazendo experimentação. Deu certo em
alguma medida com Marina Silva (e não dará com Aécio) porque a própria Marina
ajudou com seus vaivéns.