Marina Silva (PSB) demorou, mas midiaticamente foi perfeita no apoio a Aécio Neves (PSDB). Com o peso e na hora certa. Todo mundo já havia se manifestado, até Luciana Genro (PSOL), que voltou às origens para votar no PT de Dilma Rousseff e no pai Tarso Genro, que ficou em segundo lugar no primeiro turno e terá de se desdobrar para vencer o candidato de Caxias José Ivo Sartori, do PMDB, o favorito. No Rio Grande do Sul, como no Ceará, a disputa é entre duas facções da base de apoio do governo Federal no Congresso Nacional. Lá, como aqui, os dois lados apresentam cenas em que estiveram com Dilma e Lula ou foram por eles elogiados. Nem um lado, nem o outro tem conquistado vantagem com tal estratégia. Talvez usem apenas para manter a partida empata. Ao eleitor, pouco tem importado.
Retomando a questão do apoio, no Ceará, Eliane Novais, do PSB, tomou o único caminho que lhe sobrou: apoiar Eunício Oliveira (PMDB) para o governo cearense - com certeza em troca de uma secretaria para ela ou para o irmão Sérgio - e Aécio Neves (PSDB) para presidente, rezando na mesma cartilha de Marina Silva. Para Eunício o apoio de Eliane foi um alento, já que ele virou atrás para o segundo turno e está se segurando até em pedra para não morrer afogado. Outra esperança ou outra novidade não há.
Nos programas de TV do Ceará, espero que os marqueteiros ainda façam ajustes na qualidade e até no áudio (mesmo que o formato continue ruim), pois se o no primeiro turno a má qualidade se diluía na péssima qualidade dos programas dos proporcionais e até dos senadores, agora a gente percebe a queda e até a diferença de áudio quando sai o programa dos presidenciáveis e entram os locais (ou vice-versa). Já os programas dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma (PT) são de muito boa qualidade e bom formato. Não trouxeram grandes novidades no segundo turno, sobretudo o programa do PT, que perde parte do tempo atacando. Faz mais propaganda do Aécio do que da própria Dilma. Parece que o genial marqueteiro petista está em período de experimentação. Já fez de tudo, desde o primeiro turno, até quadro de humor e peça de cinema catástrofe, que vai engolindo tudo e deixando todo mundo que vê apavorado. Quem assiste o programa da Dilma chora ou fica com raiva, já quem vê o do Aécio fica sereno e leve porque o conteúdo é mais bem humorado e alegre.