Os analistas - ou especialistas - de plantão já traçam um
perfil para o secretariado do governo composto do Ceará (a ser tocado por filho e pai).
Quer um exemplo: a lembrança do dinossauro Carlile
Lavor, que atuou no primeiro governo Tasso Jereissati, hoje senador, em
1987. Essa referência quanto a Carlile só pode ser do Santana pai.
Presta atenção, gente, o modelo que foi utilizado por Carlile Lavor (quando os agentes de saúde foram criados), naquela época, hoje não tem mais qualquer referência, e tampouco sentido.
Presta atenção, gente, o modelo que foi utilizado por Carlile Lavor (quando os agentes de saúde foram criados), naquela época, hoje não tem mais qualquer referência, e tampouco sentido.
O próprio Carlile fez outras experiências como secretário de
saúde em outros municípios e nada apresentou de relevante. colocá-lo no lugar de Ciro
Gomes, que pastorou a pasta durante alguns meses, é apostar no erro.
Outro erro que o novo governo pode cometer é trocar agora o
secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Servilho Paiva, quando os
primeiros e acanhados resultado começam a aparecer.
Os Santanas parecem estar determinados a proceder a mudança.
Servilho sai e entra o também delegado federal Delci Teixeira, de 62 anos. No
currículo dele está a superintendência da Polícia Federal em quatro estados e um
histórico de combate à corrupção policial e às drogas.
UM GRUPO
FRAGMENTADO
Por mais que queiram o novo governador e seu pai, e que os
especialistas encareçam a importância, será muito difícil organizar o secretariado
que tenha a marca da "ampla renovação". E a continuidade? É um início de "liberdade" idealizada por qual Santana?
Ainda que renovação não signifique competência e lisura, o
governador e seu tutor vão ter de se render à composição partidária da campanha
(18 partidos e mais alguns aliados).
No máximo, pode acomodar ao processo de escolha do governo
Dilma, como o Santana governador não cansa de repetir, mas não pode escoimar os acordos partidários da campanha.
E os partidos, óbvio, estão amolando as facas para partir o
bolo do poder. Que renovação (para ficar só neste item) podem patrocinar PT,
PSD, Pros, PCdoB, PHS e outros da sopa de letrinhas que apoiou o candidato e agora
quer comer sua fatia de poder?
No máximo, dá para o governador salvar um pequeno núcleo,
conforme ele já adianta: segurança pública, saúde, esporte e cultura. E a educação?
Izolda de novo?
Sorte dele (e infelicidade do contribuinte) que a máquina do
governo do Ceará é maior que a do governo federal e seus 39 ministérios.