Um novo Congresso Nacional está sendo empossado. Na Câmara quase ninguém notas as mudanças, que foram menores que as de 2010 - 46,4%.  Em 2015, 43,5% não voltam.

Já na Câmara Alta, dos 27 senadores (1/3 do Senado) que encerram o mandato em 2014, 14 disputaram a reeleição, mas apenas sete lograram êxito na disputa. Os outros 20 senadores eleitos são novos, o que representa uma renovação de 25,92%, se é que se pode qualificar como novos políticos como Tasso Jereissati.

Mas, no caso do Senado, três decanos que deixam a Casa chamaram atenção com mais mais força: José Sarney (PMDB-AP), a quem já me referi em artigo anterior, Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS). Sarney não se recandidatou, Suplicy e Simon foram derrotados. 

Juntos, eles sustentam quase 100 anos de mandatos e a presença em alguns dos eventos importantes históricos por que passou o país nas últimas décadas, respectivamente, um infesto, outro abnóxio e o último forte na ação política.

O novo Congresso não representa um alívio geral, pois lá vão permanecer figuras nefastas como os senadores Renan Calheiros, Collor de Mello, Jáder Barbalho e Edson Lobão, e deputados como o Paulo Maluf, "Cuecão", Zé Airton, entre outros. 

Mas, pelo menos, deixou de fora algumas cabeças coroadas da corrupção como Antônio Palocci e Zé Dirceu (juntos com Calheiros, são campeões e estão em todas as listas de corrupção), José Genoíno, João Paulo Cunha, todos do PT, e outros menos votados.


"Vade retro".